Corpos de outros membros foram encontrados nesta semana
Jenni Rangel Foto: Reprodução/Redes Sociais
A mulher morta com sinais de estrangulamento e violência sexual na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, teve sua identidade revelada. Trata-se de uma venezuelana chamada Jenni Rangel, que é a terceira pessoa da mesma família assassinada na região nesta semana.
O marido de Jenni, Joel Perdomo, de 68 anos, e seu enteado, Johandri Perdomo, de 24 anos, também estão entre os corpos encontrados na região nesta semana. Ambos eram garimpeiros.
O corpo de Jenni estava em uma vala, próximo ao local em que outros oito corpos de garimpeiros foram encontrados, na comunidade Uxiú. Com essa morte, o número de vítimas chega a 14 em apenas uma semana, em escalada de violência após tentativas do governo federal de expulsar da região os cerca de 20 mil garimpeiro.
De acordo com relatos de indígenas, pesquisadores e equipes de investigação, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) atua na reserva federal.
No sábado (29), o agente de saúde indígena Ilson Xirixana foi morto com um tiro na cabeça, e outros dois Yanomami ficaram feridos em estado grave. A suspeita sobre a autoria do ataque recaiu sobre os garimpeiros e equipes da Polícia Federal foram enviadas ao local do conflito para ouvir testemunhas e a fazer perícias.
No domingo (30), quatro garimpeiros morreram durante operação de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ibama na região de Uiaiacás, na Terra Indígena Yanomami.
A PRF disse que a equipe foi recebida a tiros. Foram apreendidos um fuzil e armas de uso restrito. O ataque é investigado pela PF. Um dos mortos era foragido da Justiça do Amapá.
Em nota, a Polícia Federal destacou o confronto entre os garimpeiros e os Yanomamis.
– Durante as diligências, a PF apurou indícios dos crimes cometidos contra os indígenas, ouviu testemunhas, realizou perícia de local de crime e aguarda a elaboração dos respectivos laudos e relatórios para prosseguimento das investigações – diz o texto.
Na última semana, a PF em ação conjunta com o Ibama, destruiu três aeronaves que dariam suporte a criminosos na região. Também foram destruídos combustíveis e uma oficina clandestina, localizada na mata, que realizaria manutenção de aeronaves de garimpo. As ações fazem parte da Operação Libertação,
Também foram destruídas acampamentos, combustíveis e maquinário encontrados em locais que ainda possuem garimpos em atividade. As ações contaram com apoio da FAB.
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