União Europeia não reconhece reeleição de Maduro e cobra atas

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Sete países europeus já haviam se manifestado neste sentido

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Ronald Peña R.

Após sete países da União Europeia emitirem uma declaração conjunta para que o governo da Venezuela divulgasse as atas da eleição presidencial no sábado, a União Europeia afirmou na noite deste domingo (4), que os resultados na região “não podem ser reconhecidos”.

– O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação das seções eleitorais. Sem evidências para apoiá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos – afirmou em nota o bloco econômico que reúne 27 países do continente europeu.

O comunicado menciona ainda que qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficialmente publicados.

O bloco europeu acrescenta que cópias dos registros de votação eleitoral publicados pela oposição e revisados por diversas organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia, o líder da oposição, parece ser o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.

Para a União Europeia, é necessário que seja realizada uma verificação independente dos registros eleitorais por meio de uma entidade de grande renome.

– A União Europeia está seriamente preocupada com o número crescente de detenções arbitrárias e o assédio contínuo da oposição – afirmou o bloco europeu, pedindo que as autoridades venezuelanas interrompam o avanço nas detenções arbitrárias, além de conter a repressão e cessar a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, em conjunto com a libertação dos presos políticos.

Por outro lado, o bloco defendeu que as manifestações políticas na região permaneçam pacíficas.

– A União Europeia pede calma e contenção. As autoridades venezuelanas, incluindo as forças de segurança, devem respeitar integralmente os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e de reunião.

A organização também reconheceu os esforços dos “parceiros regionais” voltados para a promoção do diálogo, além de uma solução negociada para a crise.

*AE

 

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