Era uma vez, em um reino não muito distante, mas aparentemente muito pequeno, onde um rei de bigodes fartos e virtudes escassas, reinava absoluto. Fazia o que bem entendia, mandava e desmandava. Todas as coisas que um rei pode, ou acha que pode fazer.
Não fazer nada pelo povo, era uma delas. Mas os quatro anos permitidos de seu reinado, estavam no limite. Chegava a hora de eleger um novo mandatário, ou se o povo assim quisesse, continuaria sofrendo, as reinações de um reizinho bizarro e sem propostas, por mais quatro infinitos anos.
Os súditos beneficiados com migalhas, fariam força para que esse reinado de ilusão continuasse, todavia lá nos confins do castelo um movimento providencial estava acontecendo. No começo sem muita força, porque até então não haviam observado que para depor esse reizinho, se fazia necessário uma até então improvável união. Coisa até então difícil de acontecer.
Quanto sentiram que seria determinante unir as forças, os bigodes do rei ficaram de molho. Sentindo que a brisa que soprara antes, agora era um tufão, uma verdadeira tempestade que abalaria os alicerces de seu reino caótico.
A coisa ficou evidente, na ceia nababesca no salão mor do castelo, serviram-lhe então no angu de caroço, uma inocente pimenta, coisa que sempre revoltava seu intestino frágil, mas essa especiaria não iria incomodar nem lhe tirar o apetite. Não sabia ele que no próximo repasto, introduziram uma outra e essa era pura malagueta.
Foi então que o reizinho viu seu alaúde ficar em cacos. A contingencia de que as trombetas poderiam saudar um novo rei, muito em breve, melou toda sua esperança. Que pimentinhas danadas de ardidas, inconvenientes, inesperadas.
Nota do autor: “Qualquer suposição que se faça sobre a localização desse reino será considerada como pura coincidência.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação divulgado pelo Blog do Itapuan, facebook, You Tube e zap e por todos os que amam esse Brasil.
