‘Triste e humilhado’: Prates quebra silêncio e fala pela primeira vez após ser demitido da Petrobras

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Jean Paul Prates, que foi demitido da presidência da Petrobras nesta terça-feira (14), expressou tristeza com sua saída. Ao deixar a companhia, o executivo comentou sobre sua demissão. Os atritos com o governo levaram à sua substituição por Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Prates, senador licenciado pelo PT, ainda não decidiu se permanecerá no partido. Na saída da sede da estatal, ele fez um breve balanço de sua gestão. Destacou que sua principal missão foi estabelecer uma política de preços para os combustíveis, atendendo ao pedido do ex-presidente Lula de “abrasileirar os preços”.
“Principalmente deixamos uma política de preços que o presidente pediu, quando disse que ia abrasileirar os preços. O mercado entendeu, e a gente conseguiu explicar isso. Mostramos que a gente conseguiu fazer esses preços sem perder dinheiro. E isso favorece a economia, o governo, o cidadão e a cidadão, além de todas as áreas, como GLP, gasolina, diesel e no frete. Deixamos um legado importante. Todos acreditavam que, quando a gente chegou, isso ia ser impossível ou ia destruir o valor da ação. E não foi assim. Essa foi a missão mais difícil. Mudamos a política de dividendos e conseguimos entregar com a ação (da empresa) subindo.”, disse Prates, ao deixar a empresa.
Segundo informações da coluna de Bela Megale/O Globo, após ser demitido da presidência da Petrobras, Jean Paul Prates deixou claro a interlocutores que se sentiu humilhado e abandonado pelo ex-presidente Lula. O executivo manifestou irritação e afirmou a aliados que, se concedesse uma entrevista neste momento, faria críticas contundentes.
Prates acredita que Lula cedeu à pressão de ministros do governo para demiti-lo. Um dos pontos que mais o incomodou foi o fato de o presidente ter levado os ministros Alexandre da Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) à reunião de sua demissão, ambos considerados desafetos de Prates.
Embora sua saída já estivesse definida por Lula desde março, devido à crise no pagamento de dividendos da Petrobras, Prates demonstrou surpresa com a decisão final. 

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