Cerca de 40 bandidos fortemente armados surpreenderam policiais na Operação Fauda, no bairro de Valéria
Policias foram surpreendidos ao cumprir mandados judiciais da Operação Fauda, em rodovia de Salvador. Foto: Alberto Maraux/SSP-BA
Davi Soares
Um grupo de aproximadamente 40 traficantes utilizaram armas de grosso calibre para emboscar uma operação policial, na manhã desta sexta-feira (15), baleando agentes de segurança, em um confronto que resultou nas mortes do policial federal Lucas Monteiro Caribé e de quatro criminosos, no bairro de Valéria, em Salvador. Enquanto o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ignora a ação violenta contra agentes do Estado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi às redes sociais prestar solidariedade aos policiais e informar que diretor-Geral da PF, Gustavo Souza, irá à Bahia acompanhar a situação, após decretar luto oficial de três dias na corporação.
Em região de mata fechada, os bandidos surpreenderam cerca de 100 policiais na rodovia BA-528, conhecida como a Estrada do Derba, atacando a Operação Fauda, deflagrada para cumprir mandados judiciais contra uma facção criminosa que tem levado terror à capital da Bahia.
Também foram baleados e deram entrada no Hospital Geral do Estado (HGE) o policial civil Vockton Carvalho, ferido no olho esquerdo, e a policial federal Hosannah Caria Carneiro, ferida de raspão no lado esquerdo do rosto.
A operação apreendeu dois fuzis calibre 5,56, duas pistolas, carregadores, munições, rádios comunicadores e roupas camufladas. E prendeu dois suspeitos de participar do confronto com os policiais.
O objetivo da operação era fechar o cerco contra a facção envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos, com atuação no bairro de Valéria.
A PF divulgou nota expressando condolências e solidariedade aos familiares e amigos do policial federal assassinado em serviço. E informou que está empenhada e acompanhando de perto a investigação das circunstâncias que envolveram o falecimento de seu agente.
Lucas Caribé ingressou na PF em 2013, na Superintendência Regional do Pará, sendo inicialmente lotado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (DELEPAT/PA) e na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/PA). Em 2019, o agente foi transferido para a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia, sendo lotado, inicialmente, no Núcleo Especial de Polícia Marítima, antes de compor o quadro de policiais do Grupo de Pronta Intervenção da PF.
DIÁRIO DO PODER