Suplentes ricos fazem Pacheco barrar reforma do Imposto de Renda

Coluna do Cláudio Humberto
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Aprovada na Câmara por 398×77 votos há 52 dias, a reforma do Imposto de Renda (IR) continua na gaveta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Nada de muito polêmico contém o projeto, mas o cativeiro em que se encontra tem a ver com a previsão de cobrança de IR sobre lucros e dividendos de grandes empresas. Senadores jovens, eleitos sem gastar grandes somas, revelaram a esta coluna que são os suplentes, que bancam campanhas dos titulares, quem barram a reforma. Além de suplentes, há também senadores milionários no mandato.

Taxação de 20%

O projeto engavetado prevê que lucros e dividendos pagarão 20% de Imposto de Renda na fonte, mas não fundos de investimento em ações.

Nem pegando leve

O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) será reduzido de 15% para 8%, mas isso não foi suficiente para agradar os muito ricos.

Redução no imposto

A correção na faixa de isenção da tabela do IR, definida na reforma, é a maior desde o Plano Real, com redução significativa do imposto devido.

16 milhões isentos

De acordo com a reforma que não agrada aos mais ricos, cerca de 16 milhões de brasileiros (metade dos declarantes) ficariam isentos.

Vacina contra Covid-19. Foto: Walterson Rosa / Ministério da Saúde

Brasil aplica 10 milhões de doses por semana

O Plano Nacional de Imunização (PNI) mantém a marca expressiva de mais de 10 milhões de doses aplicadas por semana, desde julho. Em números, o Brasil aplicou 166,1 milhões de doses em 114 dias, o que mostra a capacidade logística e eficiência indiscutíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) de realizar grandes campanhas. São quatro meses seguidos em que vacinamos equivalente a um Israel inteiro por semana.

Perspectiva é importante

Comparando com o nosso vizinho Chile, é como se toda a população do país fosse imunizada com duas doses em apenas 26 dias. Um sucesso.

Recorde absoluto

Muitos torcem nariz para o mês de agosto por não ter férias ou feriados, mas justamente por isso foram quase 52 milhões de doses em 31 dias.

Covid free em um mês

A quantidade de doses aplicadas apenas em agosto seria suficiente para vacinar toda a Colômbia, ou Argentina, ou Coreia do Sul, ou Espanha…

Apenas sub do sub

O noticiário “superfaturou” o número de funcionários demissionários de terceiro escalão do Ministério da Economia. Foram apenas dois, mas as manchetes incluíram os dois adjuntos para caracterizar “debandada”.

Mercado ativista

O ministro Paulo Guedes reafirmou sua confiança no crescimento da economia brasileira em 2022, citando os investimentos de mais de meio trilhão de reais já definidos no País. Mas o ativismo político do “mercado” diz que as “incertezas” na nossa economia “afugentam investidores”.

Ego superlativo

Na tarde desta sexta-feira (22) nervosa, um operador do mercado exibia o bom humor de quem faturou algum com a crise: “Guedes é tão ‘sem noção’ que o superego pede demissão, mas o ego não aceita!”

Opostos não se atraem

Na ilha da fantasia de Brasília até noticiaram “convites”, para o lugar de Paulo Guedes, a pessoas que têm horror a Bolsonaro, como André Esteves e Henrique Meirelles, e que são inteiramente correspondidos.

Tucano preocupado

Para o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG), é “grave” a saída dos funcionários de terceiro escalão do Ministério da Economia: “Inflação em alta, dólar subindo, bolsa despencando…preocupante”.

Esquerda de verdade

“PEC que propunha pequeno controle do Ministério Público é derrotada com os votos do PSOL. Votaram com o PSDB, a Lava-Jato e a Globo”, disse o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta.

Descentralização

Piloto e empresário, Francisco Lyra celebrou o novo polo aeronáutico Antares, no interior de Goiás. Segundo ele, apenas 100 municípios estão cobertos por voos regulares e a aviação executiva tem muito a crescer.

Olho vivo

A Black Friday é aposta do comércio, mas terá consumidor mais atento. Para a professora de comportamento Bianca Dramali, o isolamento serviu de treinamento e deixou todos “mais experientes digitalmente”.

Pensando bem…

…o posto Ipiranga fica, apesar do preço da gasolina.

Diário do Poder – Coluna do Cláudio Humberto

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