Coisa de se matutar por muito tempo, considerando que pode ser uma questão de ideologia, ou aversão profunda por alguém que está ousando colocar o Brasil nos trilhos. Pode ser também uma ilusão hipnótica que consegue produzir coletivamente uma paixão teimosa e cega pelo surreal.
O fato é que boa parte dos brasileiros de repente, deixou de considerar seus próprios valores fundamentais. Aceitando os roubos e as falcatruas com uma normalidade sem precedentes. Nutriram ódio insano por alguém que não conhecem. Nem se preocupam mais em conhecer. O que conta doravante é apenas se impor a tudo que esse alguém fala, comporta-se ou age.
Como alguém que diz não gostar de arroz com pequi, mas nunca se dignou a experimentar. Não gosta e pronto!
Porém ter aversão por esse alguém que a maioria colocou no poder através do voto corresponde também a colocar seu próprio país no maior risco de toda sua história. O exemplo vivo do que acontece em Cuba, Venezuela e ameaça a Argentina, parece ser apenas ficção científica para uma plateia de zumbis errantes.
Não se trata mais de ideologia, de esquerda contra a direita, mas sim de uma estupidez coletiva que cegou boa parte da população. Muito menos do Bem contra o Mal, mas sim de uma ausência de discernimento e caráter coletivo que fez sair da toca os que se diziam pessoas de bem, coisa que nunca conseguiram ser. Só pensando assim será possível analisar tamanha falta de bom senso.
O avião apresenta o trem de pouso arriado, aproado para a reta final, não é mais possível arremeter. O futuro de nossos filhos e netos está no bojo desse aparelho, cuja bestialidade de boa parte de eleitores quer transformar em inexorável tragédia.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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