Senadores já receberam só este ano R$14 milhões em ressarcimento de despesas

Destaque

Foto: Roque de Sá/ Agência Senado

Cláudio Humberto

O Senado já tomou do pagador de impostos mais de R$14 milhões, este ano, para ressarcir despesas, inclusive pessoais, dos 81 dos senadores. É o chamado “cotão” ou “Cota para Exercício da Atividade Parlamentar”, esperteza que aceita tudo, da tapioca a despesas com festas. E inclui passagens aéreas, que variam por Estado, mas vão de R$21.045,20 para senadores de Goiás e Brasília (sim, Brasília!), até R$44.276,60 por mês. Pagamos também aluguel, água/luz/telefone, combustível etc etc.

Sem miséria

A conta não considera os generosos salários dos assessores de suas excelências, que recebem de R$2,9 até R$17,3 mil.

Mina de ouro

Há ainda as gratificações, que engordam o holerite. A estrutura base do salário da chefe de gabinete de Rodrigo Pacheco é de R$82,2 mil.

Pequenas empresa

Apesar do caríssimo e numeroso corpo de servidores do Senado, os parlamentares podem nomear livremente até 50 pessoas por gabinete.

Bom de gasto

Até agora, o gabinete mais caro é o do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Neste ano, as despesas do parlamentar ultrapassaram os R$250,3 mil.

Ana Carolina Roman é a favorita do “Bessias” para vaga de juiz do TRF1

Candidata ao TRF1 já investigou petista graúdo

Provoca apreensão entre petistas-raiz, em Brasília, a eventual indicação da procuradora Ana Carolina Roman, apontada como a favorita para a vaga de juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Ele tem apoio do famoso “Bessias”, petista chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) Jorge Messias. Quem é do PT lulista não esquece que Roman, em 2008, abriu investigação contra Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete de Lula e homem da mais estrita confiança do presidente.

Guerra de seitas

O favoritismo da candidata de Bessias acabou por fazer retomar a eterna guerra de facções ou seitas que se digladiam no PT.

Crise na antessala

Carvalho foi investigado na Operação Satiagraha por acessar dados sigilosos a fim de ajudar o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.

Momento péssimo

A Satiagraha marcou grande crise do governo Lula 2, e envolveu o banqueiro Daniel Dantas e revelou o delegado Protógenes Queiroz.

Sem alternativa

Após o Ministério Público Federal (MPF), titular da ação penal, isentar Anderson Torres, o STF não tinha caminho senão soltar o ex-secretário de Segurança do DF. A prisão, com doses de crueldade, perdeu sentido.

Guinada positiva

O desdém ao chanceler de enfeite a Mauro Vieira (Relações Exteriores) de alguma maneira liberou os diplomatas a fazerem seu trabalho. Após reorientar o discurso de Lula sobre a guerra na Ucrânia, ontem condenou o ataque criminoso e covarde que matou um civil israelense. Quem diria.

Missões menores

Enquanto confia ao aspone Celso Amorim missões midiáticas, como a visita a Kiev, Lula manda o ministro Mauro Vieira para o… Suriname. O chanceler de enfeite desembarca em Paramaribo nesta sexta-feira.

Boca no trombone

O deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) denuncia que o governo de Fátima Bezerra (PT-RN) desconta os consignados, mas não paga aos bancos. E passa por caloteiro o coitado do tomador do empréstimo.

Repetição

Depois da derrota na votação do Marco do Saneamento, capricho de Rui Costa (Casa Civil), o governo chamou as bancadas para (outra vez) ouvir as demandas. Na próxima semana, será a vez do União Brasil e MDB.

Reação à idiotice

Vereadores de João Pessoa (PB) aprovaram lei municipal para proibir a tal “linguagem neutra” nas escolas. A iniciativa, da vereadora Eliza Virgínia vai para sanção do prefeito, correligionário da parlamentar.

Pé de briga

Com as facções petistas brigando entre si por cargos e influência, um parlamentar que tentava cavar uma vaga foi riscado da CPMI do 8 de Janeiro: o estridente Lindbergh Farias (RJ) vai ficar de fora.

Atrasou

Prometido para “até quinta-feira’, ontem (11), o texto da regra fiscal não deve aparecer até segunda-feira (15), quando será apresentado para os líderes da Câmara e, só depois, para imprensa.

Pensando bem…

…saudosos os tempos em que a censura não precisava ser monitorada.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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