Senador aliado de Lula quer garimpeiros retirados ‘como cidadãos’

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Chico Rodrigues, aqueles do dinheiro na cueca, cobra logística do Estado

Senador Chico Rodrigues alerta para riscos humanitários da evacuação de trabalhadores de garimpos ilegais de área Yanomami. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) defendeu na sessão de ontem (8) que o Estado brasileiro garanta logística e tratamento de “cidadãos” para as pessoas que atuavam em garimpos ilegais em área pertencente a indígenas Yanomami, em Roraima.

O parlamentar justifica que quem operava garimpos ilegais que causaram mortes de indígenas, poluição de rios e devastação na Amazônia atuou sob a ausência de fiscalização das autoridades brasileiras. E sugere que se evite exageros no cerco de forças policiais que buscam dar fim à atividade criminosa, porque, segundo o senador, não está sendo considerado que se trata de mais de 20 mil pais e mães de família que buscam uma vida melhor.

Rodrigues pediu planejamento para evacuar os garimpeiros, que já estariam conscientes de que precisam deixar a área demarcada, mas não têm meios para sair por conta própria.

“Eles precisam, com essa logística do Estado brasileiro, coordenados talvez pelo Ministério da Justiça, com o suporte dos demais ministérios, ser retirados de uma forma paulatina, progressiva e contínua, mas como cidadãos. Afinal de contas, eles são seres humanos também e precisam ser respeitados. Há que se compreender que não houve fiscalização, não houve acompanhamento, não houve controle, não houve nenhum mecanismo que limitasse a sua permanência ali naquelas áreas de garimpo”, declarou o senador do PSB de Roraima.

O senador disse que a bancada de Roraima no Senado viaja hoje (9) para verificar a situação no foco da crise humanitária que deixou centenas de indígenas mortos e em condições de saúde deplorável, em razão da atividade poluidora do garimpo ilegal.

Uma comissão interna aprovada ontem pelo Plenário do Senado vai acompanhar o caso pelos próximos 120 dias, na região dos Yanomami de Roraima.

DIÁRIO DO PODER

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