Senado engaveta 817 emendas e leis contra o crime já aprovadas na Câmara

Destaque

Leis anticrime adormecem na gaveta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Cláudio Humberto

O governador Cláudio Castro (PL) visitou várias autoridades de Brasília, em busca de socorro e parceria para o combate ao crime que atormenta o Rio de Janeiro, mas deveria ter centrado suas cobranças no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cuja gaveta acumula, somente na área de segurança pública, 817 leis aprovadas na Câmara dos Deputados desde 1993, mas pendentes de votação dos senadores. Propostas como o fim de “saidinhas” ou “saidões” e a extinção de medidas que reduzem a permanência de bandidos na cadeia, a título de “progressão de regime”.

Pedala, Pacheco

Pacheco tampouco permite que os senadores avaliem e votem, por exemplo, o fim da maioridade penal, aprovada na Câmara desde 2015.

Bandido já não teme a lei

Muitos crimes poderiam ter sido evitados com o endurecimento das penas e o restabelecimento do temor dos bandidos à lei e à Justiça.

Fronteiras abertas

Cláudio Castro pode ter pregado no deserto, ao cobrar de Lula ações contra o ingresso de armas e drogas nas fronteiras desguarnecidas.

Exumação necessária

Responsável pelo levantamento, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) agora estuda cada proposta que dormita na gaveta de Pacheco.

Lula joga na divisão do Centrão e na tentativa de enfraquecer Arthur Lira politicamente, por isso ignorou sua preferência para presidir a Caixa. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Escolha de Lula para Caixa ignora nome de Lira

A exposição de mau gosto achincalhando o presidente da Câmara, Arthur Lira foi o pretexto de Lula para agradar ao Centrão e demitir a presidente da Caixa, Rita Serrano, após dez meses de gestão medíocre. Malandro, ele optou por solicitar Agnaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, e não a Lira, a indicação do substituto, Carlos Fernandes. Ribeiro foi único no Centrão a desafiar a liderança de Lira na Câmara.

Holofote é a moeda

Experientes, os dois já se entenderam: Lira tem garantido a Ribeiro os holofotes de relatorias de projetos midiáticos, como a reforma tributária.

Apostando na divisão

Lula joga na divisão do Centrão e na tentativa de enfraquecer Arthur Lira politicamente, por isso ignorou sua preferência para presidir a Caixa.

Ex-deputada já era

O presidente da Câmara havia deixado clara preferência, para a Caixa, pela ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), hoje no Sebrae Nacional.

Lula demite mais uma

A reunião do presidente Lula com Rita Serrano, ex-Caixa, não demorou nem uma hora. Após o encontro, Rita estava fora do comando do banco. É mais uma mulher em posto de comando demitida por Lula.

Pedra cantada

A demissão de Rita Serrano não foi exigida por Arthur Lira, como plantam governistas que citam a exposição indecorosa com foto do presidente da Câmara. A Caixa foi usada na negociação para cooptar o PP.

Quem tem amigos…

Chamado por lulistas de “criminoso” por fazer oposição na Câmara, Marcel Van Hattem (Novo-RS), reagiu: “criminoso é Lula. Devia estar na cadeia, não no Planalto. Foi libertado pelos amigos indicados ao STF”.

Pessimismo cresce

Pesquisa Quaest de ontem (25) reflete tendência apontada pelo Paraná Pesquisas no dia anterior: queda no otimismo na economia. Os dados da Quaest mostram recuo de 59% em agosto para 50% em outubro.

Pandemia da vez

Para Ciro Nogueira (PP-PI) o governo Lula usa o 8 de janeiro para despistar sobre as mazelas que afligem o país. O senador cita assaltos e mortes e conclui: a violência é a pandemia do Lula 3.

‘Libertad, carajo’

Após receber apoio da terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich, o candidato argentino a presidente Javier Milei continuará o que tem chamado de “Tour de La Libertad”, sua campanha de segundo turno.

Guterres enquadrado

Após virar alvo de pressão mundial para sair da secretaria-geral da ONU, onde só paga mico, o português António Guterres foi ao ‘X’ condenar os “horríveis ataques do Hamas” e pedir “cessar fogo humanitário”.

Paçoca petista

Flávio Bolsonaro (PL-RJ) resgatou falas de Lula para profissionais da Saúde e comparou com sanção do piso menor para o setor, “promessa de Lula é igual paçoca: parece bonito, mas sempre esfarela”.

Pergunta na ONU

Nações desunidas precisam de organização?

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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