Entre governistas, há o sentimento de que uma investigação por parte da CRE acabe na fritura de Luiz Fernando Corrêa, atual chefão da Abin.
Cláudio Humberto
A apática Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado deve manter a inércia e ignorar o escândalo da arapongagem que derrubou Alessandro Moretti, ex-número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e quatro diretores da agência do Lula. Na oposição, também sem interesse na investigação, é lembrado que o então ministro André Mendonça já deu explicações sobre a atuação da Abin. Membros da base do Planalto no Senado preferem esquecer o assunto.
Sem motivo
“Não vejo motivo para uma investigação por parte do Senado”, avalia Marcos do Val (Pode-ES), oposição e membro da CRE.
Operação abafa
Entre governistas, há o sentimento de que uma investigação por parte da CRE acabe na fritura de Luiz Fernando Corrêa, atual chefão da Abin.
Juntando poeira
Desde março do ano passado, pedido de informação a Rui Costa (Casa Civil) acumula mofo na comissão, comandada por aliados de Lula.
Para inglês ver
O requerimento é de Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, que pouco fez para votar o pedido.
O presidente da República Luís Inácio Lula da Silva. (Foto: Agência Brasil)
Na agenda de Lula com o Congresso, só petistas
A agenda oficial do presidente Lula (PT) no primeiro mês de 2024 reflete a relação do governo com o Congresso Nacional: o petista não recebeu um senador sequer e, entre os deputados, somente dois representantes do PT: Rui Falcão (SP) e Rogério Correa (MG). O principal articulador do governo federal com o parlamento, ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), teve apenas um encontro com o chefe, no dia 16.
Um só foco
Atual deputado federal, Rui Falcão foi presidente nacional do PT durante os dois governos Dilma Rousseff.
Detalhes importam
Apesar de discursos, a relação não está boa: a medida provisória de Lula para ressuscitar impostos da folha de pagamento só faltou ser devolvida.
Recado recebido
O veto de Lula a R$5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissão também não agradou a deputados e senadores.
Censura nunca mais
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o PL da Censura, para “regular as redes sociais”. Chamou de perigoso, mas lembrou que o projeto foi derrubado na Câmara em 2023: “precisamos barrá-lo sempre”.
Agora é oficial
Requerimento ainda sem resposta da senadora Damares Alves (Rep-DF) quer saber da pasta de Minas e Energia se o ministro Alexandre Silveira foi orientado por Lula a articular Guido Mantega na presidência da Vale.
Eliminação de opositores
O jurista Ives Gandra lembra que a ideologia comunista prega eliminar opositores e impor a ditadura do proletariado. “Também é fato que o Presidente da República declarou que ele se sentia orgulhoso de ter colocado um ministro comunista no Supremo Tribunal Federal”, disse.
Valentões
Sobrou brutalidade contra pessoas indefessas dos seguranças do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), na Festa de Yemanjá. Mas ficam pianinho diante dos bandidos que mandam no Estado.
Agro é ouro
A cobrança da “taxa do agro” encheu os cofres do governo goiano em janeiro. No primeiro mês do ano, o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) superou os R$1 bilhão.
Tipo Americanas
Como investidores das Americanas, quem comprou ação da Gol acompanha o derretimento do papel, que já valeu R$41,35. Na sexta, a ação fechou em R$2,50; 90,51% de desvalorização em cinco anos.
Holofotes
Fora do Ministério da Justiça e com um pé no Supremo, o adorador de holofotes Flávio Dino fica 21 dias como senador até assumir de vez a cadeira vitalícia no STF, em 22 de fevereiro.
E a ‘autossuficiência’?
O Brasil foi o maior comprador de petróleo russo em 2023, segundo levantamento do jornal Financial Times. Compras pularam de zero, no final de 2022, para quase 8 milhões de barris por dia.
Pensando bem…
…o ano ameaça começar esta semana, em Brasília, mas só de mentirinha.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO