Lula e os ministros de Estado (Foto: Ricardo Stuckert/PR).
O Senado banca a moradia de quatro ministros de Lula (PT) que se licenciaram, mas mantêm a regalia. Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Carlos Fávaro (Agricultura), Renan Filho (Transportes) e Camilo Santana (Educação) ocupam belos cargos no executivo federal, mas não largaram o osso e continuam nos espaçosos apartamentos. Senadores têm direito a imóvel funcional ou a auxílio-moradia de R$5,5 mil, que podem ser usados em despesas como aluguel ou diárias de hotel.
Vagas de sobra
Se economia fosse uma preocupação de suas excelências, a turma de Lula poderia ocupar um dos 288 imóveis funcionais que estão vazios.
Regalia extensiva
A regalia estende a quem assume. Janaína Farias (PT-CE), suplente de Santana, garantiu disputado apartamento, outros dois recebem o auxílio.
Nada, ainda
Jussara Lima (PSD-PI) é a única que, até agora, entre os suplentes de ministros, não tem imóvel funcional e nem auxílio-moradia.
Ainda ocupado
Por ato da Mesa, Augusta Brito, secretária de Estado no Ceará, deveria ter devolvido o apê. A Casa proíbe cessão do imóvel para casos assim.
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). (Foto: Agência Senado).
Penduricalhos de Pacheco ressuscitam marajás
O penduricalho inventado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para engordar os vencimentos de juízes e procuradores ressuscita um truque, há anos extirpado da legislação, que fez surgir os marajás do serviço público. O truque é conceder gratificações como biênios ou quinquênios, como é o caso, que multiplicam os salários. O subterfúgio foi denunciado em Alagoas no fim dos anos 1980, quando esses quinquênios fizeram a folha de pagamento crescer ao equivalente a 120% da receita do Estado.
Não têm limites
A bajulação de Pacheco com o chapéu do pagador de impostos custará R$42 bilhões, após estender o privilégio a PF, AGU, TCEs, TCU etc.
Mamão com açúcar
Como no século passado, mebros da magistratura e do MP voltarão a receber 5% do salário para cada 5 anos de serviço, até totalizar 35%.
‘Legalidade’ injusta
Na luta de Alagoas contra marajás, o STF insinuou avalizar o quinquênio, mas o então governador, Fernando Collor, avisou que não pagaria.
Pede pra sair, Haddad
O deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) encorajou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) a tomar a atitude que lhe resta: “Tenha um pingo de amor ao seu País e se demita. Você vai destruir a nossa economia”.