Foto: Jefferson Peixoto / Ag. Haack / Bahia Notícias
O senador Ângelo Coronel (PSD) tem tensionado a aliança do seu partido com os demais integrantes da base aliada do governador Rui Costa (PT). Reiteradamente, ele tem defendido uma candidatura própria do PSD, indicando o nome do também senador baiano Otto Alencar. Dessa vez, foi um pouco além e não confirmou sequer uma união entre as legendas para um segundo turno em 2022.
“Não tenho falado [com o PT sobre 2022]. Defendo que o meu partido, o PSD, tenha candidatura própria. Defendo ainda que todos os partidos tenham as suas próprias candidaturas e que venham a se unir no segundo turno, que foi criado para isso. Para que as candidaturas fossem postas para cada partido que tenha desejo e uma possível unidade e manutenção do grupo ou não no segundo turno”, afirmou Coronel, em entrevista ao Bahia Notícias.
O parlamentar explicou que a manutenção do grupo em um possível segundo turno em 2022 depende de como será a campanha no primeiro. Segundo ele, agressões durante o período eleitoral podem dificultar a reconstrução de uma aliança para a sequência das eleições.
“Vai depender muito de como serão esses dias de campanha. Porque quando se faz uma campanha e há agressões, geralmente, cria-se barreiras para uma unidade no segundo turno. Mas torço para que a política continue num nível elevado e que ganhe as eleições aquele que apresentar as melhores propostas para o estado da Bahia”, finalizou o senador.
O arco de alianças mantido pelo governador Rui Costa tem balançado neste ano. Além da pressão de Coronel para que o PSD tenha candidato próprio, o vice-governador João Leão (PP) tem defendido que o PT abra mão da cabeça de chapa para apoiar um aliado. O atual aliado dos petistas nunca escondeu seu desejo de governar a Bahia.
Por outro lado, Otto Alencar, indicado constantemente por Coronel para ser candidato ao governo, não tem se manifestado nesse sentido. Em março, ele afirmou ser “vacinado contra a ambição pelo poder”.
Outros partidos aliados de Rui, como PCdoB, Podemos e PSB, se mostram otimistas nos bastidores quanto à manutenção da aliança para 2022. “Eu acho que a aliança dará certo, em princípio. Não vejo nada no front que ameace”, disse Lídice da Mata (PSB) ao BN na última semana.
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