Segundo o senador catarinense, governo e base não querem falar em ‘parar de arrecadar’
Jorge Seif (PL-SC). (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O senador Jorge Seif (PL-SC) deu declaração ao Diário do Poder sobre a Reforma Tributária, aprovada pelo Senado e recém devolvida à Câmara dos Deputados. Na opinião do parlamentar, as exceções tributárias são pontos problemáticos na Reforma.
“Eu manifestei o meu voto ‘não’ justamente pelas diversas concessões. Vai ter dinheiro para pagar? Com certeza vai ter, porque o cidadão brasileiro vai ser achacado, vai ser escravo desse sistema”.
O bolsonarista reclamou da vinculação do maior IVA do mundo, cogitado num índice de 27,5%. “Nós não conseguimos emplacar nenhum destaque limitando a 20%. A OCDE recomenda limite em 19%, a Argentina estabeleceu em 21%. Nós tentamos limitar a 20%, mas as emendas foram rejeitadas não só pelo relator Eduardo Braga, como também pelos votos dos colegas, ninguém quer limite para arrecadar”, refletiu.
Ainda segundo o catarinense, essa é uma Reforma Tributária ‘1º de Abril’, “que não simplifica coisíssima nenhuma, pelo contrário, amplia base de arrecadação”, analisou.
O parlamentar seguiu elencando os benefícios deliberados pena reforma: “isenta bancos, isenta times de futebol, isenta grandes indústrias, torna progressiva e inflacionária a questão da transmissão de herança, que já existe mas agora vai aumentar e que tira totalmente a autonomia dos estados e municípios”.
E arrematou: “Nós da oposição, queremos estar errados, mas não precisa ter bola de cristal para entender que o brasileiro vai pagar mais impostos com essa falácia de Reforma Tributária”
DIÁRIO DO PODER