‘Se for provado, tem meu total apoio’, diz Mourão, sobre impeachment de ministros do STF

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O vice-presidente e senador eleito pelo RS afirma que votaria a favor do impedimento de um magistrado do Supremo em caso de crime de responsabilidade 

O vice-presidente da República e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão | Foto: Agência Brasil

Em entrevista exclusiva a Oeste, o vice-presidente da República e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, criticou a interferência do Poder Judiciário no processo político brasileiro e disse que, como senador, votaria a favor de um impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal em caso comprovado de crime de responsabilidade.

Leia um trecho da entrevista com Hamilton Mourão:

O STF e o TSE agiram mais em favor do candidato vencedor da eleição?

O Tribunal Superior Eleitoral se arvorou de juiz daquilo que era verdade ou não, num processo que mostra a reação do establishment político do país, em razão do fato de o presidente Bolsonaro ter chegado ao poder. O processo eleitoral no Brasil era jogado através da grande mídia, programas de televisão e outros. O presidente Bolsonaro descobriu o poder da rede social, e foi eleito por esse poder. Quatro anos depois, buscaram cortar esse poder que ele tinha e limitar as armas, ou o campo onde ele jogava melhor que seu adversário.

O senhor votaria a favor de um processo de impeachment de um ministro do Supremo?

Uma vez confirmado que houve crime de responsabilidade, se for provado, tem meu total apoio.

Dos pedidos protocolados, a maioria tem relação com a atuação do ministro Alexandre de Moraes. Qual sua avaliação sobre os posicionamentos dele? 

A questão do ministro Alexandre de Moraes está muito mais centrada neste inquérito [o inquérito das fake news, considerado ilegal por vários juristas, foi aberto de ofício pelo ministro Dias Toffoli, em 2019. Toffoli indicou Moraes como relator] que ele vem conduzindo, que interpretou as instalações do STF de forma alargada, em que ele é o ofendido, mas ao mesmo tempo é o investigador, o denunciador e o julgador. Isso para mim rompe aquilo que é o devido processo legal, em que cada uma dessas estruturas precisa ser feita separadamente. Por muito menos, o doutor Sergio Moro foi considerado parcial.

REVISTA OESTE

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