Tenho acompanhado o estafante trabalho da Vereadora Carmélia da Mata, que diuturnamente fiscaliza o andamento dos trabalhos da Secretaria Municipal de Saúde, uma tarefa assaz difícil.
Creio que Carmélia, dos 19 vereadores que elegemos, é quem mais tem mostrado preocupação com o quadro atual da pandemia e a única a se empenhar no trato das inúmeras demandas dos que nele atuam e das suas danosas consequências aos barreirenses, notadamente aos mais pobres.
Disse-me aquela combatente parlamentar, “que infelizmente a saúde Barreirense não poderá atingir o status que o marketing da Prefeitura tanta apregoa e, por isso mesmo, as chances de que uma melhor atuação da saúde possa ocorrer, em todos os seus aspectos”.
Numa recentíssima visita ao Hospital Eurico Dutra, constatou a Vereadora que apenas três médicos estavam atendendo aos inúmeros pacientes que lá compareciam, alguns já com visíveis sinais de contaminação. Os médicos, então, em número insuficiente, não davam conta da demanda, nem as enfermeiras e assistentes, todos empenhados com denodo, mas incapazes para uma tarefa tão estafante, que exigia muita força de vontade para cumpri-la.
Ademais, até os medicamentos de uma hora para outro escassearam, deixando a população atônita e ainda mais temerosa ante a iminência dos estragos que a doença provoca.
Se o corpo médico não é suficiente para o atendimento emergencial, também enfermeiros e assistentes deixam muito a desejar.
Diz a Vereadora Carmélia, ainda, que quando a crise se agrava, o primeiro a sair de cena é o prefeito e ninguém sequer sabe notícias dele. Aparece de vez em quando, mas em solenidades fora da saúde, quando recebe o afago de muitos dos seus subordinados.
Se nos hospitais a situação é tão caótica, vamos imaginar nossos inúmeros PSFs, na cidade e na Zona Rural, havendo alguns sequer com um médico que lá compareça, quando o destaque é a Enfermeira Chefe, que a contra gosto distribui medicamentos primários (para dor de cabeça e outras dores). Triste Barreiras.