O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou nesta segunda-feira (7) que Salvador não deve receber as primeiras remessas de doses da vacina Sputnik V.
Segundo Vilas-Boas, o tamanho da capital baiana tornaria o processo de acompanhamento de efeitos colaterais mais difícil. Esse monitoramento foi uma das exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para permitir o uso excepcional da vacina no país.
“Existe uma norma geral que não se deve pulverizar a vacina aleatoriamente. Precisamos fornecer para a Anvisa dados de fármacos e vigilância sobre efeitos colaterais. A decisão é de concentrar em cada estado e poucos municípios para ter acompanhamento bem próximo e rápido”, disse o titular da pasta em entrevista ao Jornal da Manhã.
“Salvador é uma cidade de três milhões de habitantes. O ideal é que nós peguemos cidades de médio porte, com 50 mil habitantes ou menos”, completou o secretário.
Vilas-Boas ainda disse que uma nova reunião com a Anvisa será realizada nesta segunda, às 17h, para definir os detalhes. “Vamos receber um relatório epidemiológico, o martelo vai ser batido pelo governador”, pontuou sobre quais municípios receberão as doses no primeiro momento.
A aprovação da importação da vacina russa Sputnik V, foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última sexta (4).