O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a operação da Polícia Federal que tem ele como um dos alvos o surpreendeu e a classificou como exagerada e desnecessária.
“Vou fazer aqui uma manifestação de surpresa com essa operação, que eu entendo exagerada, desnecessária, até poque todos, não só o ministro como todos os demais que foram citados e incluídos nessa investigação, estiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões”, disse.
“O Ministério do Meio Ambiente, desde o início desta gestão, atua sempre com bom senso, respeito às leis, respeito ao devido processo legal.”
Ele se pronunciou sobre o assunto após participar da abertura de um evento sobre desenvolvimento sustentável da indústria em Brasília.
Salles disse que o inquérito, do pouco que sabe dele, porque não teve acesso ainda, foi instruído de tal forma que levou o ministro do STF Alexandre de Moraes a erro.
“Induzindo justamente a dar impressão de que teria havido possivelmente uma ação concatenada de agentes do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente para favorecer ou para fazer destravamento indevido do que quer que seja. Essas ações jamais, repito, jamais aconteceram.”
O ministro falou que a pasta sob seu comando e o Ibama sempre agiram de acordo com as regras, com o bom senso e com equilíbrio. “Isso ficará demonstrado nos autos do inquérito conforme ele forem instruídos.”
Ele disse que esteve no ministério mais cedo, quando se encontrou e conversou com um dos delegados da PF que participaram da ação.
“Essas medidas são desnecessárias [apreensão de celular e quebra de sigilos bancário e fiscal], na medida em que o ministério e todos os funcionários poderiam ter sido chamados pela PF.”
O ministro disse também que explicou ao presidente Jair Bolsonaro do que se trata a investigação. “Expliquei que, na minha opinião, não há substância em nenhuma das acusações. Embora eu não conheça os autos, eu já sei de que assunto se trata. E me parece que esse é um assunto que pode ser esclarecido com muito rapidez.”