Roma teria estratégia para atingir ACM Neto se ficar fora do 2º turno, dizem aliados

Política Baiana

Roma teria estratégia para atingir ACM Neto se ficar fora do 2º turno, dizem aliados

                                                                                 Valter Pontes / Secom PMS

A disputa entre os antigos aliados João Roma (PL) e ACM Neto (União) pode ir além da busca por votos para assumir o Palácio de Ondina. Aliados do primeiro escalão de João Roma apontaram ao Bahia Notícias que o pré-candidato ao governo da Bahia pretende indicar o apoio a Neto em um eventual segundo turno na Bahia. 

Um desses aliados apontou que Roma acredita que, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), Roma chegue a um volume expressivo de votos, arrastando as eleições para o segundo turno. Porém, apesar disso, caso a meta não aconteça, a estratégia para “atingir” Neto seria, justamente, com a derrota do PL sendo confirmada, ainda no dia 2 de outubro, indicar o apoio a Neto e assinalar a adesão à candidatura, automaticamente atrelando o ex-prefeito ao atual presidente. 

Com uma disputa nacional mais apertada e com maior chance da eleição presidencial ir ao segundo turno, a polarização também poderia afetar a Bahia. O resultado da estratégia apresentada por outro aliado culminaria na vontade de Roma em “jogar Neto nos braços de Bolsonaro” e encurralar o ex-aliado, para uma possível adesão à candidatura de Bolsonaro em um eventual segundo turno. Ou ao menos comprometer a imagem do candidato que garantiu o tempo todo não ter nenhuma relação com o presidente.

Pré-candidato ao governo do Estado, ACM Neto já negou reiteradas vezes que exista um diálogo entre o União Brasil e o Partido Liberal para uma aliança nas eleições deste ano. Neto aponta para uma postura independente quando se fala em apoio de sua candidatura a presidenciáveis. 

A desavença entre o ex-prefeito de Salvador e o ex-ministro da Cidadania teve a tentativa de ser contornada por alguns políticos próximos de ambos, contando até com a vontade do presidente estadual do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho, em apaziguar a questão.

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