Presidente afirma que pretende colocar o ministro da Justiça — que está cotado para ocupar a cadeira vaga com a aposentadoria de Rosa Weber — na função em que ele melhor servir ao país
Lula indicou que Dino pode permanecer no Ministério da Justiça – (crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, ontem, ter dúvidas sobre a indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal e deu a entender que a Corte pode não ser a instituição na qual ele prestará o melhor serviço ao país. A observação do presidente foi entendida como uma reversão das expectativas de indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública para a cadeira vaga no STF com a aposentadoria de Rosa Weber.
“Dino é uma pessoa altamente qualificada do ponto de vista do conhecimento jurídico e político. Pode contribuir muito. Mas fico pensando: onde será mais justo e melhor para o Brasil? Na Suprema Corte ou é no Ministério da Justiça?”, questionou.
Lula afirmou que fará as indicações para o STF e para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a qualquer momento. Disse estar conversando para escolher as “pessoas certas”. “Não vou esperar o final do ano. Vou escolher as pessoas certas, adequadas, para o lugar certo em função da circunstância política. Não posso fechar os olhos e não enxergar que tenho que mandar um nome para ser aprovado pelo Senado”, disse, referindo à derrota que sofreu com a rejeição, pelos senadores, ao nome de Igor Albuquerque Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU).
Sobre a PGR, disse que o procurador escolhido tem que ser alguém que não faça “política”. “Tenho que escolher um procurador que tenha noção do papel. Não pode ser procurador e fazer política. Não fazer pirotecnia, não perseguir ninguém. Logo, logo vocês vão saber. Vou indicar o procurador-geral, ou procuradora, vou indicar o ministro ou a ministra”, salientou.
Centrão
Para Lula, os cargos no governo que têm sido entregues ao Centrão não são resultado de negociações com o bloco, mas, sim, com partidos. Conforme enfatizou aos jornalistas, “vocês nunca me viram fazer uma reunião” com o grupo manejado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Dino é uma pessoa altamente qualificada do ponto de vista do conhecimento jurídico e político. Pode contribuir muito. Mas fico pensando: onde será mais justo e melhor para o Brasil? Na Suprema Corte ou é no Ministério da Justiça?”, questionou.
Lula afirmou que fará as indicações para o STF e para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a qualquer momento. Disse estar conversando para escolher as “pessoas certas”. “Não vou esperar o final do ano. Vou escolher as pessoas certas, adequadas, para o lugar certo em função da circunstância política. Não posso fechar os olhos e não enxergar que tenho que mandar um nome para ser aprovado pelo Senado”, disse, referindo à derrota que sofreu com a rejeição, pelos senadores, ao nome de Igor Albuquerque Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU).
Sobre a PGR, disse que o procurador escolhido tem que ser alguém que não faça “política”. “Tenho que escolher um procurador que tenha noção do papel. Não pode ser procurador e fazer política. Não fazer pirotecnia, não perseguir ninguém. Logo, logo vocês vão saber. Vou indicar o procurador-geral, ou procuradora, vou indicar o ministro ou a ministra”, salientou.
Centrão
Para Lula, os cargos no governo que têm sido entregues ao Centrão não são resultado de negociações com o bloco, mas, sim, com partidos. Conforme enfatizou aos jornalistas, “vocês nunca me viram fazer uma reunião” com o grupo manejado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Lula ainda acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de querer acabar com a Faixa de Gaza. Disse que ele comete “uma insanidade” contra a população palestina em nome de pôr fim ao grupo terrorista Hamas. “Temos a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas. Lá têm mulheres, têm crianças”, lamentou.
CORREIO BRAZILIENSE