Ricardo Salles (PL-SP) faz projeções sobre o relatório final das investigações
Dep. Ricardo Salles (PL – SP) Foto: Agência Câmara
Deborah Sena
“O Sul da Bahia só se compara às favelas do Rio de Janeiro, do ponto de vista de ausência de Lei”. A frase é do relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), durante declaração à imprensa sobre as diligências da comissão pelo estado que lidera o ranking das invasões de terras no Brasil.
“É deputado mandando fazer, Polícia Militar que não vai, delegado com medo de agir”, descreveu o parlamentar sobre realidade da região em que o poder maior seria de militâncias ligadas ao MST e não de autoridades constituídas pelo Estado.
Ao Diário do Poder, a moradora da cidade de Prado e ex-assentada, Vanuza Souza, declarou que quando integrava as ações do movimento investigado era “incentivada a enxergar a polícia como inimiga’’ e comemorar a ausência de acesso das forças de segurança pública ao território dominado pelo MST.
Salles esteve na casa da qual Vanuza foi expulsa após procurar o Incra para obter os títulos de terra das famílias assentadas, durante o último governo. O parlamentar afirmou que durante a diligência da CPI, no interior do estado baiano, o chefão do MST, João Pedro Stédile também esteve na região investigada.
Para Salles, a força de representação e liderença de Stédille sobre o MST ‘’está clara”. No entanto, o líder não deve ser indiciado pela CPI.
“Não conseguimos delinear a atuação do Stédille e não queremos ser acusados de fazer indiciamentos vazios”.
DIÁRIO DO PODER