‘Realeza e Maluquez’: Show dos 33 anos de morte de Raul Seixas marca legado

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Foto: Divulgação

A metamorfose ambulante que nasceu na Bahia e tomou conta de todo Brasil, Raul Seixas, deixou seu legado e saudade para os fãs e admiradores de suas obras. 

No grupo de fãs que fazem questão de perpetuar os feitos do Pai do Rock Nacional está Marculino, que há nove anos, junto aos Seus Belezas, presta homenagens em tributo a Raul.

A origem da idolatria por Raul surgiu ainda na infância, quando um amigo de Marculino apresentou a ele o LP “Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!”.

“Desde criança eu comecei a perceber que aquelas letras falavam muito mais do que aparentemente queriam dizer. Além de escritor e compositor, existia por trás da sua obra uma grande filosofia de vida e aos poucos foi nos cativando e nos transportando para um mundo muito melhor, um mundo de liberdade de pensamento, um um mundo em que não havia tanto preconceito, um mundo em que não há tanta violência, um mundo de amor, um mundo de paz”, conta. 

A ideia de unir fãs de Raul em uma banda surgiu no encontro de ex-alunos do Colégio Alfred Nobel.

“Sentimos falta em 2013 de bandas que tocassem Raul Seixas aqui em Salvador porque nos anos 1990, na época de nossa escola, tínhamos muitas bandas que faziam Rock and Roll aqui. Mas dos anos 2000, 2013, havia uma carência e aí aproveitamos a oportunidade”, explica Marculino. 

O nome da banda, quase auto explicativo, faz menção à música ‘Maluco Beleza’, clássica de Raul. “Todos nós que curtimos Raul Seixas somos Maluco Beleza, porque misturamos realeza, lucidez, com maluquez, no bom sentido”.

Os integrantes da banda formada em 2014 – os amigos Marculino (voz e violão), Adil Jr. (teclado), Dan Raulzito (baixo), Bruno Michel (guitarra e vocal) e Reni Almeida (baterista) – também têm empregos paralelos.

“Eu, Adil e Raulzito nos conhecemos desde os 15 anos de idade, quando tocamos nos bares de Salvador. Eu sou advogado e professor universitário, Rauzito é empresário e jornalista. Bruno e Reni são músicos profissionais, vivem da música”, conta.
 

O público que acompanha os amigos não se limita aos fãs do Pai do Rock Nacional e o show no palco Toca Raul, no Rio Vermelho, que marca o aniversário de morte do cantor neste domingo (21), promete uma plateia diversa.

“Desde os mais antigos que gostam de rock and roll, até crianças pequenininhas que quando a gente toca Plunct Plact Zum ficam muito felizes e alegres. Ali não tem idade, não tem sexo, é o ‘Raulseixismo’. Raul Seixas é atemporal, ele nasceu há 10 mil anos atrás e há 10 mil anos à frente”, afirma Marculino. 

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