Ministro do STF diz que não teve a intenção de “ofender” curitibanos
Ratinho Júnior Foto: Valdir Amaral/Assembleia Legislativa do Paraná
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), chamou de “infeliz” uma fala do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feita durante entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira (8). Ao atacar os desdobramentos da Lava Jato, o magistrado disse que “Curitiba gerou o Bolsonaro” e “tem o germe do fascismo”. A capital paranaense foi a base da operação.
Tomando a crítica como um ataque à capital paranaense, o governador reagiu e disse que Gilmar “ataca gratuitamente Curitiba e os paranaenses”.
– O Paraná é terra de gente trabalhadora, que tem como norte o progresso, a lei e que repudia a corrupção e toda e qualquer forma de intolerância e preconceito – escreveu em publicação no Twitter.
– (…) Inclusive todas as práticas que desenvolve. Investigações à sorrelfa, atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem “nós aplicamos aqui o código processual penal do russo”. Talvez quisessem dizer da URSS – afirmou Gilmar em entrevista ao programa da TV Cultura.
Na ocasião, o ministro também criticou a condução do processo pelo ex-juiz Sergio Moro.
– O Moro tem o código penal dele próprio. Eles faziam esse tipo de comentário. Os procuradores que eram parceiros. A denúncia contra o Lula era combinada com o Moro – completou.
RETRATAÇÃO
Gilmar Mendes tentou se retratar, nas redes sociais, após repercussão de suas declarações na entrevista desta segunda.
O ministro explicou que fez uso de metonímia, figura de linguagem que consiste na substituição de uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação.
– Usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do fascismo; foi a assim chamada República de Curitiba (Operação Lava Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense) – escreveu no Twitter nesta terça (9).
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