Deputado federal Arthur Maia, em entrevista ao Podcast Diário do Poder. (Foto: Álvaro Maciel/Diário do Poder).
Mael Vale
O deputado federal Arthur Maia (União-BA) criticou a gestão econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em entrevista ao podcast Diário do Poder, o parlamentar afirmou que “é muito doido o raciocínio do ministro”, se referindo ao cancelamento das linhas de crédito rural do Plano Safra.
“Você não entende essa conversa do ministro Haddad, quer dizer, se por um lado ele diz que não tem dinheiro para fazer o Plano Safra, por outro lado tem essa possibilidade de fazer um projeto de lei para isentar quem ganha até cinco mil reais, quer beneficiar o consumo deliberadamente. Ora, meu Deus, é muito doido esse raciocínio, né? Então, com todo o respeito ao Haddad, mas eu não consigo compreender a lógica dessa dicotomia”, criticou Maia.
Na última semana, o Tesouro Nacional determinou a suspensão das novas contratações de financiamentos agrícolas subvencionados pelo Plano Safra 2024/25.
Para Arthur Maia, não ter o Plano Safra é um “despautério”.
“Alguma coisa tem que ser feita. Essa lógica de não ter o Plano Safra é um despautério. Eu que sou deputado do interior da Bahia, que acompanho esse assunto a vida inteira e aqui em Brasília participo desse debate no Congresso Nacional, [destaco que] não há como você evitar o Plano Safra”.
Ainda conforme o deputado que presidiu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o cancelamento do plano pode gerar uma recessão.
“As nossas exportações estão diretamente vinculadas à produção agrícola brasileira. Se não tivermos o Plano Safra, consequentemente nós vamos ter uma queda abrupta nas exportações brasileiras, no produto interno bruto brasileiro, e isso vai gerar uma recessão, e naturalmente tem essa recessão que vai prejudicar sobretudo aos mais pobres”, ponderou.