Empresário estava com a esposa e o genro no aeroporto da Itália
Roberto Mantovani Filho, Foto: Reprodução/YouTube TV SBNotícias
O empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, é um dos três brasileiros que hostilizaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Roma. Ele e sua família moram em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo,
Mantovani é esposo de Andreia, a primeira brasileira a hostilizar o ministro do Supremo, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Alex Zanatta Bignotto, que se juntou aos dois nos xingamentos, é genro de Mantovani.
A família do empresário controla empresas na região Santa Bárbara D’Oeste. Bignotto é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.
Em 2020, Mantovani destinou R$ 19 mil a campanhas eleitorais e ao PSD de Santa Bárbara D’Oeste. O empresário doou R$ 4 mil para a campanha eleitoral de José Antonio Ferreira, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara D’Oeste pelo PSD. O “Dr. José” não foi eleito. Mantovani ainda transferiu R$ 11 mil à direção do PSD na cidade.
No mesmo ano, o empresário contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do PTB, à prefeitura de Socorro, município do interior de São Paulo. Mantovani cedeu um imóvel para ser usado como comitê. Ricardo Lopes foi eleito.
Apesar de ter sido apontado como agressor do filho de Alexandre de Moraes, Mantovani disse considerar que o ocorrido “não foi nada extraordinário” e que preferia aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido.
– Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz – afirmou ao Estadão.
Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
– Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar – completou Roberto Mantovani.
Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos. Segundo o empresário Roberto Mantovani, eles foram abordados e identificados na chegada ao aeroporto de Guarulhos (SP).
*Com informações da AE