PUXADINHO

Política sem Pudor

Vereadores rejeitam termo de "puxadinho da Prefeitura" para a Câmara, mas  aprovam projeto

A Câmara Municipal de Barreiras provou, na sessão de ontem, 15/03, que é realmente, como se diz na gíria do povão, um autêntico “puxadinho da Prefeitura Municipal de Barreiras”.

Não é que o seu presidente, fiel escudeiro do atual Prefeito, pautou para aprovação o projeto de lei do seu chefe, que suspende o desconto em folha de contribuições em favor do Sindsemb, para repassá-las aos representantes dos funcionários a ele filiados?

Trata-se de uma briga provocada talvez pelas críticas que a administração municipal e o seu gestor recebem diuturnamente em manifestações da vereadora Carmélia da Mata. A atitude do prefeito não mostra sua força, mas sim uma fraqueza desmedida.

Como se sabe, o prefeito, não afeito às críticas que lhe são dirigidas e, ao deter esmagadora maioria na Câmara, utiliza a alternativa para fazer o que bem entende, sabendo da fraqueza de muitos edis, principalmente os que sempre lhe batem servil “continência”.

O projeto em si é de uma bestialidade sem tamanho, um ato de abusiva intransigência, possivelmente pensando que a cidade a ele pertence e que a sua política asfáltica vai perpetuar na prefeitura quem for do seu time.

Interessante é dizer que a Bíblia, em Mateus 6, consagra: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

 Tal citação bíblica vem a propósito da situação política  do presidente da  Câmara, por um lado fiel escudeiro da sua madrinha política Jusmari e, por outro, obediente aos pedidos do alcaide. Na próxima eleição, porém, ele terá que escolher um lado, pois sua madrinha e o seu chefe trilharão caminhos diversos.

 Ainda sobre a sessão da Câmara, de nada valeu a rebeldia de tantos vereadores, para 15 dias após, negarem o que então propunham a aprovar, ou seja,  derrotar o projeto do Prefeito.

 Pra finalizar, é bom destacar que o Prefeito poderia muito bem esquecer esse gesto tão hostil aos servidores, combatendo com ideias e obras aos  que lhe criticam.

 

Itapuan Cunha

Editor

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