Elmar Nascimento (União-BA) tenta se aproximar do PT (Foto: Ag. Câmara)
Cláudio Humberto
Os acenos do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) ao governador petista da Bahia, Jerônimo Rodrigues, mexeu com facções do PT baiano que não falam a mesma língua. Elmar quer se aproximar do partido de olho nos 68 votos que os petistas podem dar na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara. Acontece que Elmar não é bem-visto no PT baiano, que não perdoa antigas alfinetadas do deputado no senador Jaques Wagner (PT-BA) e em Lula.
Descondenado
Nas últimas eleições, lembram petistas, Elmar costumava se referir a Lula como ex-presidiário, condenado e outras lembranças.
Inimigos, no plural
Jaques Wagner, que também já governou a Bahia, era criticado por suposta conduta pouco republicana e por ter sido alvo de batida da PF.
Dossiê
Foi a forte atuação do PT baiano que limou Elmar da Esplanada de Lula. O deputado foi cotado para assumir um ministério no início do governo.
Deixa disso
Alguns petistas já se aproximam de Elmar, como o ministro Rui Costa (Casa Civil), cujos amores por Jaques Wagner estão na geladeira.
Vinicius Gurgel ao lado de Valdemar Costa Neto (Foto: reprodução/acervo pessoal)
Cacique acusado de minar aliança para ajudar irmã
Candidatos a vereadores do PL de Macapá (AP) estão revoltados com suposta interferência do vice-presidente do partido, deputado Vinícius Gurgel, que teria influído para desfazer a coligação com o MDB e forçar chapa com o Republicanos. A turma aposta na reeleição do atual prefeito Dr. Furlan (MDB), mas, após cancelamento da convenção que selou aliança, o PL vai apoiar a candidata Aline Gurgel (Republicanos), irmã de Vinícius. À coluna, Gurgel garante que a relação com Aline é só familiar.
Decisão sem sentido
Levantamento do Paraná Pesquisas de 23 de maio (registro AP-07537/2024) traz Furlan com 74,3% das intenções de voto. Aline, 1,8%.
MDB virou esquerda
A coligação foi desfeita sob acusação de se aliar ao “esquerdista” MDB. Mas no mesmo Amapá, o PL se coligou com PDT, Solidariedade e etc.
Batom na cueca
Em Laranjal do Jaraí, por exemplo, o partido aprovou coligação com Rede, Psol, PT, PCdoB, PV e outros e nada de interferência.
Petrobras no vermelho
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez as contas e viu que “bastou um ano e meio” para o PT fazer o que nem a pandemia e a guerra na Ucrânia foram capazes: dar prejuízo na Petrobras.
Bolsonaro no RN
Jair Bolsonaro vai dar um giro pelo Rio Grande do Norte na próxima semana. O senador potiguar Rogério Marinho (PL) está mobilizando apoiadores para acompanhar a caravana, que começa dia 15.
Motivo para cassar
Para o deputado Mauricio Marcon (Pode-RS), a prisão de Filipe Martins é “motivo mais que suficiente” para cassar o ministro Alexandre de Moraes (STF), mas acha que isso só acontece em 2027 com o “novo Senado”.
Sem inocentes
“Espero que ele saiba que no Senado não tem inocentes ao ponto de acreditar nas suas respostas”, alertou o senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre a oitiva do chanceler decorativo Mauro Vieira.
Semana de dois dias
Começa nesta segunda (12) no Congresso a primeira das três semanas de “esforço concentrado”, que será curtíssima: acaba na quarta (14). Os parlamentares só pensam em fazer campanha eleitoral.
Promoção
Os juízes Fabiano Henrique de Oliveira, Lucas Pieczarcka Guedes Pinto, Tiago Fontoura de Souza, e Francisco Ostermann de Aguiar assumem como titulares do TRF-4, promovidos após atuarem como substitutos.
Ciumeira ativista
O Conselho Regional de Economistas de SP se mordeu com o título de “Economista do Ano” para Roberto Campos Neto. Os burocratas ativistas alegam que o homenageado, eleito várias vezes o melhor presidente de banco central do mundo, é bacharel, “mas sem registro no conselho”.
Antes da hora
Quem pagou o pato pela reunião ministerial que nunca dá em nada, convocada por Lula na última semana, foi o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Precisou encurtar as férias e desembarcar em Brasília.
Pensando bem…
…só mesmo em uma “democracia relativa” o cidadão precisa explicar à Justiça sua presença em uma convenção partidária.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO