‘PT não assinou Constituição de 1988 e quer assinar essa cartinha?’, diz Bolsonaro

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Presidente também mencionou a ‘carta ao povo brasileiro’ que Lula publicou em 2002

Presidente Jair Bolsonaro (PL), durante sua live semanal | Foto: Reprodução

Durante a live semanal nesta quinta-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro (PL) interpelou a assinatura de integrantes do PT na carta pela democracia da Universidade de São Paulo (USP). Lido hoje, o manifesto foi elaborado pela Faculdade de Direito e assinado por Lula (PT). O chefe do Executivo também reafirmou a Constituição Federal como “a melhor carta à democracia”.

“Qualquer outro pedaço de papel pode substituir a Constituição”, interpelou Bolsonaro. “O PT assinou a Constituição de 1988? Estão fazendo uma ronda sobre carta à democracia para tentar me atingir. Contudo, a bancada do PT não assinou essa carta, a democracia [Constituição], mas quer assinar essa cartinha?”

Além disso, o presidente também mencionou a “carta ao povo brasileiro” que Lula publicou em 2002. O documento anunciava o projeto de conciliação de diferentes interesses políticos e partidos que o ex-presidente gostaria de implantar, caso chegasse à Presidência pela primeira vez. O petista ganhou as eleições no ano seguinte. “Essa foi uma carta à corrupção brasileira”, afirmou Bolsonaro referindo-se ao texto de Lula.

Ainda hoje, o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, rebateu a leitura da carta da USP. Conforme o ministro, os “democratas” que assinaram a carta apoiam as ditaduras que existem na Venezuela e em Cuba.

“A Democracia não pertence a ninguém, é de todos”, escreveu Nogueira nas redes sociais. “Inclusive, é o que deveria existir mais em países como Venezuela e Cuba, que alguns ‘democratas’ no Brasil apoiam.”

Nogueira ainda afirmou que o manifesto garantidor da democracia brasileira é um só, a Constituição. “A nossa carta ao povo brasileiro é o combustível mais barato, deflação e aumento no emprego. Parabéns Democrata ao presidente Jair Bolsonaro (PL)”, redigiu.

Os dois documentos foram lidos hoje na USP: um escrito por ex-alunos da Faculdade de Direito e outro organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Ambas não citam o nome do presidente.

O material defende as urnas eletrônicas, fala em “risco às instituições” e tece elogios aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto da USP foi assinado por petistas, tucanos, banqueiros, juristas e integrantes da classe artística.

REVISTA OESTE

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