Deve virar tema da campanha a relação da Lava Jato com o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que teria sido poupado de investigações pelos amigos e agora correligionários Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Foto: Ag. Senado
Deve virar tema da campanha presidencial a relação da força-tarefa da Lava Jato com o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que teria sido poupado de investigações pelos amigos e agora correligionários Sergio Moro e Deltan Dallagnol. O próprio presidente Jair Bolsonaro sinalizou isso, ao destacar o tema nas redes sociais. Até contou o dia em que, desconfiado, decidiu não atender a um telefonema de Dallagnol.
Disse-me-disse
Dallagnol diz ter sido o contrário, que se recusou a atender a ligação do presidente, que, por sua vez, tem testemunhas.
Faltava confiança
Bolsonaro contou seu temor de que, tentando ser procurador-Geral da República, Dallagnol distorcesse a conversa para prejudicar o governo.
Sem investigação
Adversários de Moro, no PT e no Planalto, já colecionam fatos da Lava Jato, inclusive supostos atos de proteção a denunciados.
Conceito negativo
O presidente acreditou nas revelações da “vazajato” e desde então pensa o pior dos métodos do seu ex-ministro Moro e de Dallagnol.
Em números proporcionais, países também com vacinação avançada como Turquia, México e até Reino Unido passaram a registrar mais mortes que o Brasil. Foto: Maurício Bazílio
Mortes por covid caíram 43,7% em dezembro
A campanha de vacinação brasileira segue fazendo sucesso, com 325 milhões de doses aplicadas, e os resultados desse êxito aparecem nas estatísticas da pandemia no Brasil. Que parece ainda mais próxima do fim. A média diária de mortes, que realmente importa, desabou 43,7%, de 231 para 130, apenas neste mês de dezembro e chegou ao menor patamar desde abril do ano passado, de acordo com dados do Conass.
Patrulha intimida
O controle da covid animou muita gente a abandonar a máscara, mas o medo de ser taxado de “negacionista” freou essa tendência.
Outro lado
A reabertura nos EUA avançou mais, mesmo com menor proporção de imunizados. Lá, a média de mortes é quase dez vezes maior.
Vencendo o medo
Com três pessoas vacinadas em cada quatro brasileiros, a reabertura total do Brasil depende mais do psicológico que da ciência.
Barroso errou
No fim do ano do TSE, sexta (17), o ministro Barroso errou, ao atacar “a volta do voto de papel”. Não foi assim. O que se pretendia, e a Câmara rejeitou, era adotar a urna eletrônica de 2ª geração, como em dezenas de países, que permite a impressão do comprovante do voto.
Valeria a pena?
Para Alckmin ser vice de Lula pelo PSB, o PT terá de retirar o nome de Fernando Haddad para o governo paulista, em apoio a Márcio França. Na disputa de 2018, Haddad teve seis vezes mais votos que “Chuchu”.
Tirando o time
Após a humilhante derrota do pai Fernando Bezerra na disputa por vaga no TCU, já não se fala em candidatura a governador do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que tenta lugar na oposição a Bolsonaro.
Risco oportunista
A súbita preocupação com mortes por gripe é uma tentativa de manter o clima de medo, que gera audiência. Em 2019, antes da covid, a gripe matou 1.109 pessoas, mas só soubemos em 2020, com o balanço.
Demagogia rasteira
O líder do PT na Câmara, Bohn Gass (RS), disse ter “sentimento de tristeza porque o Brasil poderia ter evitado a morte de mais de 600 mil pessoas”. Deveria receitar essa mágica para a pandemia para a OMS.
Bomba municipal
O economista Walter Pennick acha que há “combinação de pautas” em análise no Congresso e STF, como reforma do Imposto de Renda, que pode elevar gasto e estourar uma bomba fiscal de R$70 bilhões.
Eventos ‘isolados’
O preço do petróleo fechou na sexta (17) em mais uma queda de 2%, com especialistas prevendo depreciação ainda maior antes do Natal. Mas a Petrobras, até agora, só reduziu a gasolina em 10 centavos.
Respiro
Não repercutiu, claro, estudo do Ipea sobre desaceleração da inflação em novembro, em todas as faixas de renda, mas um detalhe é ainda melhor: a inflação para baixa renda foi a que mais caiu, pela metade.
Pensando bem…
…se pesquisa é “retrato do momento”, essa fotografia está a dez meses da realidade.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
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