Inicialmente, os certificados serão entregues a 100 educandos, distribuídos em cinco turmas. As aulas, realizadas em diversos bairros de Salvador, como Sussuarana, Nordeste de Amaralina, Plataforma, Cajazeiras, Saramandaia e Pelourinho, ofereceram formação prática e teórica para 600 beneficiários em diferentes áreas ligadas à cultura carnavalesca, como adereçaria, percussão, danças e máscaras de Carnaval. O investimento total do projeto é de R$ 1 milhão, financiado pelo Governo do Estado.
Para os alunos, a expectativa com essa nova qualificação é alta. Alguns já atuam na área e veem na certificação uma forma de ampliar suas oportunidades de emprego e renda. “Eu vou fazer na prática. Aprendi a fazer adereço. Gostei muito do curso, estou tentando fazer já em casa, para vender no Carnaval, para ganhar uma renda extra para ajudar a família”, considerou Cristiane dos Anjos, certificada no curso de adereçaria.
“Aproveitei esse momento oportuno, com muito amor, carinho e dedicação, para fazer parte desse curso de adereços. Estou muito grato por tudo o que estou participando nesse momento. Pretendo, futuramente, desenvolver esse trabalho”, completou o músico e concluinte do curso de adereçaria, Luís Eduardo Teixeira.
O Afoxé Filhos de Gandhy, entidade coordenadora do projeto e vencedora do edital da Setre nº 015/2024, também destaca a relevância da iniciativa. Segundo Xiko Lima, coordenador pedagógico do projeto, a parceria foi fundamental para o sucesso. “Foi um desafio. A gente trabalha com o Carnaval, mas trabalhar ensinando a fazer o Carnaval já muda a história, requer que a gente saia para pesquisar, inovar. Vimos que tinha dona de casa que precisava ser estimulada para ganhar em cima do que ela sabia fazer. O curso só veio para certificar e ampliar esse conhecimento. Isso para a gente, no Afoxé Filhos de Gandhy, nessa parceria com o Governo do Estado, foi fantástico”, afirmou.
O Projeto Cidade Carnavalesca é realizado pela Setre em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Secretaria de Cultura (Secult). A formação completa prevê 30 turmas com 20 alunos cada, totalizando 600 beneficiários.