Procuradoria quer arquivar ação contra Bolsonaro por insegurança com as urnas

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Ação da Rede e do PCdoB ainda pede que o PL seja condenado a perder os minutos ou horas de propaganda eleitoral

Jair Bolsonaro discursa para embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada | Foto: TV Brasil/Reprodução

A Procuradoria-Geral Eleitoral quer arquivar uma representação feita pelos partidos Rede e PCdoB contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), por ele manifestar insegurança com as urnas eletrônicas, durante uma reunião com embaixadores. As siglas desejam que os vídeos do evento sejam excluídos das redes sociais.

Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, disse que as legendas não possuem legitimidade para protocolar a ação, pois não fazem parte da mesma federação. Além de pedir a condenação do presidente ao Tribunal Superior Eleitoral, os partidos também informaram um suposto uso ilegal da TV Brasil — emissora pública que o presidente utilizou para transmitir a reunião com os embaixadores.

Conforme Gonet, depois da formação das federações, os partidos precisam agir em conjunto. “O ajuizamento da representação ocorreu em momento posterior à formação das federações”, explicou. “Há que se reconhecer a ilegitimidade ativa dos requerentes, que nem mesmo integram uma mesma federação.”

Para ele, “o Ministério Público deseja a extinção do processo, sem julgamento de mérito, em face da ilegitimidade ativa”. A ação contra Bolsonaro ainda pede que o PL seja condenado a perder os minutos ou horas de propaganda eleitoral equivalente ao usado pelo presidente na TV Brasil.

Encontro com embaixadores

O presidente fez uma apresentação sobre a transparência das eleições para embaixadores estrangeiros, em 18 de julho, externando preocupação sobre segurança de urnas eletrônicas e apuração. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Além das urnas, Bolsonaro também reiterou as críticas ao (TSE), pela resistência ao diálogo com as Forças Armadas sobre a segurança do pleito deste ano.

O presidente baseou sua apresentação aos embaixadores em um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a invasão de um hacker ao sistema do TSE.

Segundo o presidente, “hackers ficaram por oito meses nos computadores do TSE”. Bolsonaro também rebateu a versão de que esteja preparando um golpe nas eleições de 2022.

“Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça. O que mais quero, por ocasião das eleições, é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado”, afirmou.

REVISTA OESTE

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