Procurador-geral dos EUA pede a Kamala que inabilite Biden

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Patrick Morrisey tomou como base um relatório do promotor especial Robert Hur

Vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris Foto: EFE/EPA/Ken Cedeno

 

Nesta terça-feira (13), o procurador-geral da Virgínia Ocidental, o republicano Patrick Morrisey, pediu à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, que invocasse a 25ª emenda da Constituição para inabilitar como presidente Joe Biden, de 81 anos.
Morrisey apoiou sua carta no relatório do promotor especial Robert Hur com as conclusões da investigação realizada sobre Biden pela retenção de documentos confidenciais de sua época como vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), no qual, embora tenha recomendado não acusá-lo, destacou que demonstrou uma memória “significativamente limitada”.
– O declínio cognitivo do presidente Biden é uma grande preocupação para os americanos, especialmente nestes tempos em que a nossa nação enfrenta uma crise após a outra, tanto aqui como no exterior. Precisamos de um presidente mentalmente capacitado – disse o procurador-geral da Virgínia Ocidental.
De acordo com Morrisey, o relatório de Hur “apresenta um panorama claro de um presidente que não está apto para o cargo”.
Por esse motivo, instou Harris a fazer uso daquela emenda que permite aos membros do gabinete destituir o presidente de suas funções se o considerarem incapaz de exercer os poderes e deveres do cargo.
“A emenda 25 foi pensada para momentos como este”, destacou nesta carta, onde embora admitisse que se trata de uma “medida extrema”, apelou a ver “além” da relação pessoal entre Biden e a vice-presidente para avaliar a situação de forma objetiva.
Caso ela se recuse, Morrisey pediu a Harris que deixasse a decisão nas mãos do procurador-geral do país, Merrick Garland.
O procurador-geral da Virgínia Ocidental não é o primeiro a falar nesse sentido.
No último dia 9, um grupo de legisladores republicanos também pediram pela utilização deste recurso constitucional.
– Merrick Garland tem o dever de invocar a 25ª emenda perante seus colegas de gabinete. Ou de processar Biden. Se ele não vai processá-lo, então deveria invocar a 25ª emenda agora – disse, entre outros, o senador Josh Hawley.
Diante desse tipo de exigências, a Casa Branca defende que as menções ao estado cognitivo de Biden não correspondem à realidade, qualifica esses comentários como gratuitos e pede que se concentrem na principal conclusão do relatório: que ele não tomou intencionalmente documentos confidenciais e que ele também não os compartilhou.

*EFE

 

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