PRFs se queixam de não poder tomar água em escolta de Lula

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Agentes escoltaram a comitiva presidencial em Roraima

Lula visita indígenas ianomâmis em Roraima | Foto: Divulgação

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que escoltaram o presidente Lula em Roraima, no sábado 21, reclamaram da suposta “ordem” da Presidência da República que proibia servir água aos policiais.

Segundo os agentes ouvidos pelo portal Metrópoles, em reportagem publicada no domingo 22, a justificativa da Presidência era que a categoria já recebe auxílio-alimentação para isso. Interlocutores dos assessores da Presidência negam essa proibição.

A relação entre Lula e a PRF parece longe de uma “trégua”. O dia a dia com o novo governo segue tenso, e a reclamação endossa as desconfianças de ambos os lados. As queixas começaram desde as exonerações de todos os superintendentes e a extinção das coordenadorias regionais.

Lula viajou para Roraima para visitar indígenas ianomâmis. Ele estava acompanhado de sete ministros, entre eles, a da Saúde, Nísia Trindade, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas.

Em visita à Casa de Saúde, Lula classificou como desumana a situação vivida pelos indígenas em Roraima. “Se alguém me contasse que em Roraima tinham pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi o povo ianomâmi aqui, eu não acreditaria”, disse ele. “O que vi me abalou. Vim aqui para dizer que vamos tratar nossos indígenas como seres humanos.”

Problema antigo

A desnutrição de indígenas não é novidade. Nos governos petistas, 419 crianças morreram no Brasil pela doença, entre 2008 e 2014. O número representa 55% de todas as mortes por desnutrição infantil registradas no país, no período. As informações são do levantamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena, órgão do Ministério da Saúde.

Em 2008, Lula estava no segundo mandato, e, em 2014, Dilma Rousseff terminava o primeiro.

Em reportagem publicada pelo site Terras Indígenas, em 2014, o professor Douglas Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo, disse que esses óbitos poderiam ser evitados com ações básicas de saúde nas aldeias, para que casos de crianças com baixo peso sejam detectados e tratados rapidamente.

REVISTA OESTE

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