Dina Boluarte teve sua casa invadida por 20 policiais e 20 procuradores
Polícia e MP arrombaram porta da casa da presidente do Peru, Dina Boluarte (Fotos: Reprodução X)
Davi Soares
Horas depois de ter sua casa invadida por uma operação policial que a investiga por suposto enriquecimento ilícito e posse não declarada de relógios de luxo, a presidente do Peru, Dina Boluarte, descartou renunciar ao cargo, durante um pronunciamento, neste sábado (30). A operação que reuniu 20 policiais e 20 integrantes do Ministério Público também invadiu o Palácio Casa de Pizarro, sede do governo peruano, em busca de relógios da marca Rolex.
Boluarte enfrenta adversários de esquerda, que já tentaram duas vezes destituí-la, sem sucesso, através do Congresso do Peru. Ela reagiu classificando o cerco da polícia e do MP como “inconstitucional, desproporcional e abusiva”. E declarou ter assumido seu cargo com as mãos limpas, avisando que irá aposentar-se da Presidência do Peru, somente em 2026.
O primeiro-ministro, Gustavo Adrianzén, denunciou que seria clara a politização da justiça na investigação. “Há interesses que tentam prejudicar a instituição da Presidência da República e do Governo, sem pensar na governabilidade ou no impacto negativo de tudo isto no Peru. […] denunciamos a cobertura midiática deste caso, o que apenas confirma que estamos diante de uma instrumentalização indevida e uma politização inaceitável da justiça”, reagiu o chefe do governo.
