Presidente do Equador autoriza ação militar contra criminosos

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Policiais já conseguiram capturar os homens que invadiram a emissora de TV estatal

Policiais atuam em emissora de TV invadida por criminosos Foto: Reprodução

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta terça-feira (9) a existência de um “conflito armado interno” no país e ordenou que as Forças Armadas adotem medidas para combater grupos do crime organizado.

A declaração foi dada pouco depois de homens armados e encapuzados invadirem uma emissora de televisão na cidade de Guayaquil e em meio a uma escalada de tensão.

A intervenção militar ordenada pelo presidente ocorre em um momento em que o país está sob estado de exceção, com toque de recolher noturno decretado por Noboa desde segunda (8) e incidentes em pelo menos seis presídios.

Apesar do estado de exceção, houve relatos de explosões de veículos, ataques a bomba, sequestros de policiais e a distribuição de panfletos rechaçando a transferência de presos de uma penitenciária para outra.

– Assinei o decreto executivo que declara o Conflito Armado Interno”, escreveu Noboa em uma mensagem em sua conta no X (ex-Twitter), na qual ele ressaltou que identificou grupos do crime organizado transnacional “como organizações terroristas e atores não-estatais beligerantes – diz Noboa.

Entre eles, ele listou “Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones”.

Noboa acrescentou que ordenou que as Forças Armadas realizem operações militares para neutralizar esses grupos.

EMISSORA ESTATAL É ATACADA
Mais cedo, homens armados com os rostos cobertos forçaram a entrada na emissora de televisão TC, na cidade de Guayaquil, no sudoeste do Equador, e tomaram funcionários como reféns durante uma transmissão ao vivo.

Posteriormente, vários tiros foram disparados e pessoas gritaram enquanto uma transmissão ao vivo continuava, incluindo o momento em que um homem encapuzado colocou o que parecia ser um bastão de dinamite apagado no bolso do casaco de um funcionário da TC.

A emissora manteve a transmissão ao vivo durante a qual os homens encapuzados ordenaram que ninguém saísse do local.

Em seguida, pessoas entraram gritando “polícia”, que ajudaram os que ainda estavam no estúdio – um deles, ferido, pediu atendimento urgente.

A polícia interveio, retirou os feridos e deteve várias pessoas, enquanto o canal continuava a transmissão aberta com a imagem do estúdio com luzes apagadas.

Enquanto isso, em Quito, vários estabelecimentos comerciais fecharam suas portas por medo de mais violência.

*EFE

 

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