Extremista de esquerda não completou um ano no governo
De extrema esquerda, o presidente do Chile, Gabriel Boric, chegou aos piores níveis de aprovação e desaprovação, desde que assumiu o cargo, em março deste ano. Segundo uma pesquisa do instituto Cadem, 68% desaprovam o trabalho de Boric à frente do Executivo, enquanto apenas 26% o aprovam.
Desde o início de outubro, a aprovação de Boric caiu nove pontos porcentuais e a reprovação cresceu oito. O Cadem informou ainda que 71% dos chilenos consideram que o país está no caminho errado. Somente 21% dos entrevistados acreditam que o contrário está ocorrendo, segundo o mesmo levantamento.
Com inflação de quase 15% em 12 meses, pouco mais de 90% acham que a economia chilena está estagnada ou em declínio e 7% consideram que está crescendo. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou um crescimento de 2,1% do PIB chileno este ano, diante de uma variação de 11,7% em 2021, e estimou retração de 1,3% em 2023.
Em setembro, a população rejeitou a Constituição apoiada por Boric.
Entre outros pontos, a Carta Magna tratava de questões subjetivas, em vez de constitucionais. “Dessa forma, abre-se caminho para múltiplas interpretações no julgamento de casos concretos, podendo levar a uma situação em que a intervenção do Estado será maximizada”, constatou Vera Chemim, advogada constitucionalista e mestre em Direito público administrativo pela FGV.
REVISTA OESTE