Presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB). (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados).
Camile Soares
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (7) que os atos de 8 de janeiro de 2023 não podem ser considerados um golpe de Estado, mas classificou o episódio como uma “agressão inimaginável às instituições”.
“Querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, golpe tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. Não teve isso. Ali foram vândalos, baderneiros com inconformidade com o resultado da eleição, demonstrando sua revolta, achando que aquilo ali poderia resolver [e fazer] talvez o não prosseguimento do mandato do presidente Lula.“, disse em entrevista à rádio Arapuan.
Motta elogiou a resposta do país aos atos, mas criticou a severidade de algumas penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e citou como exemplo uma senhora condenada a 17 anos de prisão sem ter praticado violência.
O deputado defendeu punição para os responsáveis por depredações, mas cobrou equilíbrio nas decisões judiciais.
“Da mesma forma, você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra, receber 17 anos de pena [em] regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Temos que punir as pessoas que foram lá, quebraram, depredaram. Essas sim precisam e devem ser punidas”, declarou.
DIÁRIO DO PODER