Prefeitos fizeram o L e se arrependeram, avalia deputado

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Messias Donato (Rep-ES) analisa o cenário municipalista brasileiro

Presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, cercado de prefeito em peregrinação por Brasília. (Foto: CNM)

Deborah Sena

Sobre a mobilização de prefeitos que se dá essa semana, em Brasília, para pedir socorro à União em vista de alegada crise fiscal nas cidades brasileiras, o deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES) fez, ao Diário do Poder, análise do cenário a partir das interações com os chefes dos municípios. “Fizeram o L e agora estão frustrados”.

E continuou: “Confesso que nunca vi, na minha vida, tanto prefeito desanimado. Tive a oportunidade de conversar com seis prefeitos e notei um desespero muito grande diante do tratamento que estão recebendo desse desgoverno. Muitos acreditaram, abraçaram a causa, a partir de falsas promessas, e agora amargam a incompetência que se instalou no Executivo”.

Para o parlamentar, o movimento que ocorre fora da tradicional ‘marcha dos prefeitos’, responsável por movimentar Brasília todos os anos, imita uma ‘romaria‘ em que não há esperança de ‘milagre’ para os fiéis.

Por falar em milagre, Donato reproduziu ao DP pérolas que resultaram das conversas com os gestores. ‘Estamos desesperados’ e ‘à espera de um milagre’ foram algumas delas. “Não tem gestão, é uma coisa assustadora”, disse sobre o governo federal.

Em ‘romaria’ pelo Congresso e o Tribunal de Contas da União, prefeitos reclamam do não pagamento de verbas para o  Sistema Único de Assistência Social (Suas), perdas no Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), atrasos bilionários nos repasses do INSS na compensação previdenciária do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), enfraquecimento do Fundo de Participação dos Municípios, entre outras demandas.

A confederação dos municípios divulgou que 44,3% dos prefeitos acreditam que a situação fiscal vai piorar nos próximos meses. No primeiro semestre de 2023, 51% das cidades tiveram déficit, enquanto em 2022 esse percentual era de 7%.

DIÁRIO DO PODER

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