Prates: Não há intervenção do governo na Petrobras

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Declarações foram dadas nesta terça-feira

Jean Paul Prates Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Nesta terça-feira (16), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que não há nenhum tipo de intervenção do governo na empresa. A declaração foi dada ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após o anúncio de uma mudança na estratégia comercial para definição dos preços de combustíveis.

A política anterior vinha sendo duramente criticada nos últimos meses pelo governo.

A fala ocorreu durante entrevista a jornalistas. O presidente da Petrobras ressaltou que a estratégia comercial da empresa é decisão de sua diretoria executiva.

– Nós somos parte do governo brasileiro. Não há intervenção nesse sentido de dizer assim “bote o preço assim”. Os instrumentos da Petrobras competitivos, de rentabilidade, de garantia da financiabilidade da companhia estão integralmente garantidos – afirmou.

Representantes do governo já haviam sinalizado a intenção de mudar o modelo adotado até então, a paridade com o mercado internacional – também conhecido como PPI. As críticas à política de preço da Petrobras geraram, nos primeiros meses do governo, um desgaste na relação entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e a empresa.

Ao comentar a mudança, Prates ressaltou que os preços das áreas de influência variam de região e também de clientes, que são as distribuidoras. Afirmou também que a empresa continuará tendo transparência total e que os componentes da composição de preços estarão disponíveis no site da empresa.

Prates falou ainda que a mudança pode parecer ser uma volta ao passado, mas, na verdade, a empresa está colocando um filtro para amortecer os preços praticados no Brasil.

– O que nós estamos garantindo aqui é menos volatilidade especulativa internacional. Vamos ter efeito da referência internacional? Vamos; mas estarão refratados numa série de possibilidades nacionais.

O presidente da estatal afirmou que ter boa parte dos custos em reais não pode se comparar com a paridade de preços de importação e que irão deixar o pior cenário para as moléculas que precisam ser importadas.

– Seremos capazes de mitigar a volatilidade internacional – disse.

Ainda segundo ele, a Petrobras praticava preços dos concorrentes.

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