Ao casal amigo Talita e Herbert von Uslar!
Na próxima segunda-feira, 24 de abril, o jornalista, escritor e político José Aldo Rebelo Figueiredo – Aldo Rebelo (1956- ), como é conhecido, o mais velho de oito irmãos, nascido em Viçosa, nas Alagoas, órfão de pai aos nove anos de idade, fará palestra no IGHB-Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – sobre as possibilidades de construção de um Brasil sensivelmente melhor do que aquele que construímos ao longo dos cinco séculos de nossa história. Seu pensamento está exposto no livro que escreveu, entre vários outros, O Quinto Movimento, que será objeto de sessão de autógrafos, logo após a palestra. A rica biografia de Aldo Rebelo é plena de marcantes singularidades. O Menestrel das Alagoas, Teotônio Vilela, de quem seu pai fora vaqueiro, teve grande influência em sua formação, ao colaborar para o sustento de sua pobre e numerosa família.
Depois de presidir a UNE – União Nacional dos Estudantes, 1980-81- elegeu-se vereador, uma vez, e deputado federal, cinco vezes, pela cidade e pelo estado de São Paulo, respectivamente, tendo presidido a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007, tudo isso pelo PC do B, partido de que se desfiliou em 2017. Nos governos de Lula e Dilma, ocupou quatro ministérios: Defesa, Ciência e Tecnologia, Esporte e Coordenação Política e Assuntos Institucionais. Universalmente reconhecido por seu espírito público, integridade moral, preparo intelectual e técnico, Aldo é inflexível em matéria de princípios, razão de sua perda de identidade com certas práticas petistas. É conhecido o seu combate aos estrangeirismos que maculam a língua portuguesa, bem como da excessiva automação, sem que haja uma correspondente busca de empregabilidade para os despejados. Foi relator do Novo Código Florestal Brasileiro, bem como o autor da Lei 9125/1995, que instituiu o dia 20 de novembro como o da negritude ou Data Nacional de Zumbi dos Palmares. As Forças Armadas consideram-no o melhor Ministro da Defesa dos últimos tempos. É dele a frase: “Não se constrói uma sociedade sem disciplina, hierarquia, solidariedade e espírito de camaradagem, comum nas instituições militares”.
No livro O Quinto Movimento; Propostas para uma Construção Inacabada, Aldo trata com profundidade, e de modo sereno, do que mais interessa ao Brasil, em flagrante contraste com o ambiente de paixões desaçaimadas que vem comprometendo as possibilidades de nosso avanço. Segundo argumenta, com propriedade, é de fundamental importância conhecermos nosso passado para marcharmos com segurança na direção do grande país que ainda não somos. Sua denúncia da manobra de ONGs internacionais, associadas à estupidez ideológico-partidária-populista, para se apropriarem das riquezas nacionais vem calando fundo na alma de importantes segmentos da opinião pública brasileira. Acentua, como exemplo, a necessidade imperiosa da legalização de modo adequado da atividade garimpeira de nossas riquezas minerais, em lugar do brutal impedimento que lança nos braços da marginalidade centenas de milhares de brasileiros pobres. A riqueza da Amazônia, segundo argumenta, deve ser posta de modo racional ao alcance dos trabalhadores brasileiros, como meio de libertá-los do crime, das doenças, do analfabetismo e da miséria. Tudo isso num ambiente de inteligente preservação ambiental e de combate ao crime de todo gênero.
Cresce o número dos que veem em Aldo Rebelo um nome que reúne os predicados de que o País necessita para governá-lo em sintonia com as gerais aspirações de prosperidade material e de paz social.
Joaci Góes