A possibilidade da interrupção da gravidez ser legalizada tem gerado debates nas redes sociais
(Imagem ilustrativa) Foto: Rudy and Peter Skitterians para Pixabay
Com o julgamento virtual suspenso, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve colocar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 para votação presencial muito em breve, já tendo um voto favorável à legalização do aborto que foi dado pela relatora do caso, ministra Rosa Weber.
Diante da possibilidade que o Brasil legalize, por intermédio do Judiciário, uma pauta desta relevância, políticos, pastores e personalidades de diferentes áreas estão se posicionando contra a matança de bebês no ventre de suas mães.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) gravou um vídeo para dizer que o assunto deve ser decidido pelo Congresso Nacional que, desde 1991, tem dito não à legalização do aborto.
– São mais de 30 anos discutindo o assunto no Congresso Nacional e o recado é sempre o mesmo: o Brasil é contra o aborto! Uma decisão arbitrária do STF não pode passar por cima da vontade do povo – diz a publicação de Damares, compartilhada também pelo partido Republicanos.
O deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) também se manifestou contra a descriminalização do aborto. Ele, que foi ministro da Saúde durante o governo de Jair Bolsonaro, fez questão de mostrar sua visão sobre o assunto.
– Neste momento, está ocorrendo um movimento liderado por influenciadores digitais que defendem a vida desde a concepção. Convido todos vocês a se unirem a essa causa e apoiar a proteção do nascituro – escreveu o parlamentar que já assinou requerimento de urgência para acelerar a votação do Estatuto do Nascituro na Câmara Federal.
INFLUENCIADORES CONTRA O ABORTO
Além de políticos, influenciadores digitais também estão se posicionando contra a ação do PSOL que quer legitimar o assassinato de bebês.
O professor e escritor Bruno Garschagen, por exemplo, fez uma publicação criticando a questão do aborto ser decidida por meio do Judiciário e também o pedido de validar a morte de crianças que estão em formação.
– Como a “justificativa” dos defensores do assassinato de bebês é “ajudar” as mulheres pobres, na prática, o que eles estão defendendo é a matança dos bebês de famílias pobres. Trata-se, portanto, de eugenia e extermínio social – pontua ele que tratou da questão no livro Direitos Máximos, Deveres Mínimos, publicado em 2018.
A bióloga Renata Cortês Diniz, que tem mais de 20 mil seguidores no Instagram, criou uma série de publicações para contrariar os pontos apresentados pelos defensores do aborto.
Em uma delas, ela refuta uma reportagem do UOL que tentava invalidar um vídeo que expõe, com detalhes, a crueldade de como os abortos legais são realizados nos hospitais.
PASTORES E PADRES SE UNEM CONTRA A MORTE DE BEBÊS
Pastores e padres também estão unidos contra o aborto e estão encabeçando campanhas para mobiizar seus seguidores a também se posicionarem contra.
O pastor Renato Vargens publicou várias postagens criticando a legalização da interrupção da gravidez, ele analisa não apenas a questão social, mas também a espiritual.
– O STF pode aprovar através de uma canetada a legalização do aborto no Brasil. A população brasileira em sua maioria repudia esse crime hediondo. O que era para ser decidido pelo Congresso Nacional poderá ser decidido por 11 ministros que nem eleitos foram. Se esses senhores, na calada da noite aprovarem esse descalabro, ficarão com as mãos sujas de sangue indefeso e aí caberá ao Deus altíssimo, no dia do juízo final, lidar com cada um deles segundo a sua vontade e justiça – declarou.
O padre Paulo Ricardo, um dos líderes católicos mais conservadores da atualidade, gravou um vídeo chamando os cristãos a reagirem.
– Se de fato estamos num regime democrático, por que, afinal, o STF está tomando para si poderes que não lhe competem? Por que a descriminalização do aborto será julgada por um órgão que não tem poder para isso? E onde estão nossos senadores e deputados federais para frearem esse ativismo judicial? Precisamos exigir que eles tomem providências legais a fim de: primeiro, proteger a vida dos nascituros; e segundo, fazer os ministros do Supremo perceberem que não estão acima da lei – escreveu.
Quem também se manifestou foi o pastor Silas Malafaia, que apresentou questões biológicas para defender a vida desde a concepção.
– Aborto é matar uma vida. O aborto não envolve apenas questões teológicas. A biologia afirma que a vida começa na concepção, então, abortar um ser humano em qualquer estágio da vida dele é assassinato – pontuou o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
PLENO.NEWS