A autorização recém aprovada pela Câmara Municipal de Barreiras, para que o nosso município obtenha um empréstimo de sessenta milhões de reais, apesar de alguns protestos na sua rápida tramitação, pode ser entendida de várias maneiras.
A primeira delas, é a de que uma entidade financeira do porte da Caixa Econômica Federal, jamais contrataria financiamento com quem não possa apresentar os requisitos de bom cliente, que tem honrado os seus compromissos anteriores nos prazos contratados. Isto é elementar, desde os primórdios da vida bancária.
Na tramitação do pedido do gestor para autorização da casa legislativa, apesar dos protestos de poucos, o que se viu foi uma espécie de rolo-compressor nas tratativas políticas, pois os opositores são, em número, sobejamente inferiores aos que defendem a atual gestão do município.
A política partidária, no caso, apenas consagrou os entendimentos do grupo situacionista, vez que a maioria é o caminho mais curto às conquistas reivindicadas.
Não prevaleceu, portanto, a atuação oposicionista, pelo simples fato de não ostentar a maioria de votos na casa, fator determinante para barrar as pretensões do gestor Zito Barbosa.
Alguns políticos comungam a ideia de que, em função da persistente reclamação da oposição, o pedido poderia ser rejeitado, adiado até. Porém, o que ocorreu foi exatamente o contrário.
Fica, porém, a lição que dificilmente uma maioria política representada por um bloco partidário coeso, tem força suficiente para manter o rumo político do seu líder, mesmo que possam surgir alguns tropeços e, até desavenças.
A política, enfim, mantém uma antiga tradição, a de preservar suas metas, na grande maioria das vezes em que é provocada.
Acusações surgidas durante e após a votação, são resquícios que já deveriam ter sido abolidos. Uma oposição que usa tão somente desse expediente, não sabemos como seria quando, quem sabe, um dia deter o poder.