Em nota divulgada hoje pelo conceituado Blog Mural do Oeste, do meu amigo Roberto Sena, foi noticiada a suposta revolta do prefeito de Barreiras, pelo simples fato de que cinco vereadores da sua base terem comparecido à solenidade de inauguração, pelo governador Rui Costa e sua comitiva, da UNACON, sonho antigo não só dos barreirenses, mas de grande parte da região oeste.
Voltamos ao tempo da antiga política, quando os benefícios feitos em nossa cidade não podem ser comemorados por quem não reza na mesma cartilha do governante local, ou vice-versa?
Eu, pessoalmente, sou contra muitos atos do atual governador, mas nem por isso vou desqualificar a importância do empreendimento à nossa população, fato que vinha sendo almejado desde os primórdios da inauguração do Hospital do Oeste.
O simples fato da existência da unidade recém-inaugurada, muito representa tanto na ida constante dos acometidos de câncer a capital e, ainda, com a economia até mesmo para as prefeituras do oeste, em gastos dessas insuportáveis viagens.
O fato do prefeito não ser correligionário do governador, nos leva a acreditar que ele não está levando em conta o quanto tal empreendimento trará de benefícios à nossa região.
Deixa ainda a ideia de que a política – a arte da conversa e do entendimento – também está sendo jogada debaixo do tapete. Aqui em Barreiras, por exemplo, vi várias vezes à vereadora Carmélia da Mata, incansável adversária do prefeito, elogiá-lo quando há acerto em determinados procedimentos.
Pressupõe-se, então, que a coligação formada para a eleição do atual prefeito com o PP será desfeita? Isto, inclusive, sutilmente me referi quando da formatação da sua candidatura, garantindo tratar-se de um ajuntamento político que na primeira leva seria desfeito. Não é que acertei?
Nossa politica tupiniquim, enfim, ainda terá muito que aprender, com os políticos estando preparados não só para as alegrias de conquistas, mas também aprendendo a valorizar todos os benefícios auferidos.
O povo ainda demorará a julgar o que é bom pra si e o que apenas satisfaz egos descomprometidos com os avanços. Repito: não morremos de amores pelo governador que aí está, mas quando ele traz benefícios, porque, civilizadamente, não aceitá-los?
