Vários seguidores nossos, ultimamente andam ansiosos por notícias da nossa política e dos nossos políticos.
Tai uma pergunta difícil de responder, vez que a política, neste momento de pandemia, anda a passo de cágado. Por isso mesmo, não notamos a tradicional movimentação dos nossos políticos, tantos os que não largam o pé do gestor, com os que o criticam com velada parcimônia.
A Prefeitura noticia, vez por outra, uma enxurrada de obras que, se já tivessem sido empreendidas, nossa cidade teria outra feição, ofuscando até mesmo os “bajuladores de plantão”, pessoas treinadas em propagar a figura do gestor, pondo-o até num altar, se necessário for.
Nas minhas poucas andanças pelas ruas da cidade, o que mais vi, do início do ano até há pouco tempo, foi a propalada requalificação do asfalto em muitas e muitas ruas. E notem que na campanha de reeleição do gestor o asfalto foi, sem nenhuma dúvida, seu maior cabo eleitoral, um dos fatores determinantes de sua reeleição. E não é que tais requalificações duraram pouco mais de quatro meses? O serviço, afinal, foi de baixa qualidade? Se isto ocorreu, porque tanto remendo? Pelas evidências, fico com a primeira hipótese, sem nenhuma dúvida.
É verdade que a pompa e o devaneio de tantos seguidores, contribuíram para o lançamento festivo de muitos melhoramentos, a maioria sequer iniciados. Com os altos compromissos já assumidos, a tendência é experimentarmos uma espécie de freio nas obras prometidas.
A política em si, nada mudou. A Câmara de Vereadores, agora, conta com um presidente mambembe, que ainda ensaia uma maneira de conduzir os trabalhos. Pior, agora tem dois chefes a quem deve obediência: a) sua eterna madrinha Jusmari Oliveira, que impôs seu nome e b) agora, o prefeito Zito Barbosa, contrariando os princípios bíblicos que asseveram que ninguém pode servir ao mesmo tempo a dois senhores. (Mateus 6;24 – Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas).
Na Câmara de Vereadores, portanto, pouquíssima coisa mudou. O que não mudará, com toda certeza, é a subserviência de grande parcela dos senhores vereadores, que rezam ostensivamente na cartilha do amém, o que garante aprovação instantânea de projetos com a rubrica de URGÊNCIA URGENTÍSSIMA. Uma página negra em qualquer parlamento. Uma vergonha inominável. Os projetos pra lá enviados, jamais serão rejeitados e, acreditem, aprovados incontinente, como num passo de mágica.
Sabe-se que a atual administração já tomou 290 milhões de empréstimos na Caixa Econômica Federal, que começarão a ser pagos quando o atual prefeito deixar o cargo. E a garantia, na hora da liquidação dos empréstimos, é o empenho das receitas do município, já registrados em Cartório, ou seja, quem suceder o atual prefeito vai ter que suar para liquidá-la, prejudicando e muito os planos para cumprir seu programa de governo.
Vale afirmar, ainda, que a visita feita pela Polícia Federal ao nosso município, certamente trará consequências desagradáveis, com desfecho pouco imaginado. Ainda é cedo para se estabelecer um juízo de valor, porém como muitos documentos foram juntados ao processo, a apuração deve estar em andamento. Quem viver, verá…
