Dória e Moro podem acabar na mesma chapa. Foto: Rovena rosa/ABr
Cláudio Humberto
Houve resistência inicial, mas agora integrantes da cúpula do Podemos admitem eventual acordo entre Sérgio Moro, com o candidato do PSDB, João Doria, sem descartar o ex-juiz como vice. A conversa dos dois, em São Paulo, há dias, parece haver produzido efeitos. Doria causou boa impressão em Moro, que se mostrou mesmo “sangue nos olhos” e convencido de que “o mais importante é derrotar Bolsonaro. Mas, oficialmente, o Podemos afirma que Moro disputará a presidência.
Para profissionais
Moro já percebeu que a jornada será longa e difícil e reconhece que Doria é mais experiente em política.
Vice e ministro
A ideia de ser vice amadurece. Até circula no Congresso que, em caso de vitória de Doria, Moro seria o ministro da Defesa.
Moro para 2026
Entendimento dado como certo é o compromisso de o ex-juiz da Lava Jato, caso se viabilize candidato, receber o apoio do PSDB em 2026.
Difícil equação
Difícil é convencer adeptos de Moro, no Podemos, do cenário em que ele seria vice de um candidato que ainda está atrás nas pesquisas.
Comprovante de vacinação contra a covid-19, no município do Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Regra de entrada no País não se aplica a brasileiro
As regras criadas para viajantes que querem entrar no Brasil são fundamentais para conter os perigos em potencial do lado de fora, mas só podem ser aplicadas a estrangeiro. Para o advogado Danillo Souza, a Constituição proíbe barrar a entrada de brasileiros ao explicitar que não há “pena de banimento”, ao contrário de estrangeiros, que têm entrada e permanência livres, mas apenas “nos termos da lei”.
Outro problema
Souza ressalta o princípio da anterioridade para exigir passaporte da vacina. “Ninguém pode ser obrigado a algo sem previsão em lei”, diz.
Depois da entrada
Na prática, os brasileiros podem ser detidos e submetidos a quarentena ou mesmo testagem, mas não podem ser impedidos de entrar no país.
Ajuste tardio
O “recuo” do ministro Barroso (STF), de que o comprovante deve ser entregue no embarque, na verdade, é uma adequação à Constituição.
Conta outra…
Ciro Gomes acusou Bolsonaro de estar “por trás” da operação da Policia Federal contra corrupção dele e do irmão, senador Cid Gomes (PDT-CE), 24 horas depois de a mesma PF intimar o presidente para depor em mais uma daquelas coisas de Alexandre de Moraes.
Sem destino
Após deixar o PSDB, Geraldo Alckmin pode ir para o PSD para disputar o governo estadual, ou ao PSB, para se viabilizar como vice de Lula. A última eleição que venceu foi para o governo paulista, em 2014.
O tempo passa
A saída de Alckmin não pode ser comemorada, diz Wilsinho Pedroso, que chefiou a campanha de Doria nas prévias, mas “todo líder tem que ter desprendimento para compreender o momento da nova geração”.
Há boas notícias
A divulgação do Ipea sobre desaceleração da inflação em novembro em todas as faixas de renda não repercutiu como devia, mas um detalhe é ainda melhor: a inflação para a baixa renda caiu pela metade.
Quem lucra
A PEC dos Precatórios nem esquentou e empresas especializadas enxergaram a oportunidade. Passaram a enviar mensagens listando “motivos para você vender seus precatórios”… para eles, faltou dizer.
Olhaqui, ô Senado…
A aprovação da PEC dos Precatórios fez o deputado Arthur Lira (PP-AL) desabafar: “A Câmara cumpre seus compromissos”. É que o Senado de Rodrigo Pacheco não é bom nesse particular. Mas Lira foi insultado por senadores duvidando disso, sob o silêncio de Pacheco.
Poder vicia
Com a queda nas mortes por covid no Brasil, a aposta para manter todos “sob controle” foi a divulgação de surtos de gripe no Rio e São Paulo, que nunca foi problema, mas virou pretexto para isolamento.
Otimismo em alta
O relatório com as previsões da CNI para a economia em 2022 foi além do crescimento de 1,2% no PIB. Para a CNI, haverá “queda na inflação, aumento do emprego e da massa de rendimento real”. Eles sabem.
Pensando bem…
…o problema não é a busca e apreensão, mas o que acham e apreendem.