POBREZA DE NOMES

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Parece que o eleitorado barreirense acabou se cansando dos nomes do passado, e das oligarquias que dominaram o município por vários anos. Ao contrário do que muitos pensavam, esses grupos oligárquicos que ora se portavam como adversários ferrenhos, na realidade eram parceiros dos mesmos propósitos.

Desfaziam alianças e, por interesses bem pessoais, às refaziam sem qualquer escrúpulo, porque o objetivo sempre foi o estabelecimento do poder. A história revela que Otacílio Monteiro da Franca era o escolhido de Balthazarino Araújo, mas logo se separaram e se hostilizaram.

Da mesma forma que Paulo Braga tinha ligações com Balthazarino e dividiram esse poder por alguns mandatos. Um representava a política retrógada, outro o início de algo moderno e muito mais maleável. Vem então, Antônio Henrique, com laços familiares com o Dr. Saulo Pedrosa. O poder continuava sendo mantido entre essas famílias.

Até mesmo Jusmari, que antes era Terezinha, surgiu com aval de Balthazarino e a influência poderosa de ACM, tinha lá suas origens nessa mesma panela de interesses. No futuro tornaram-se inimigos ferrenhos. Ela representava a redenção sulista e tornou-se a decepção do Sul e do Nordeste.

Barreiras continuava presa a situação crônica de se não for um, será o outro. Qualquer nome novo que se insurgisse era destruído automaticamente e, creiam, que alguns foram.

Essa pobreza de nomes imposta pelas oligarquias cansou os eleitores e, então, foram buscar em São Desidério um novo nome, afinal um barreirense para conduzir nossos destinos. Agora, vindo de Bom Jesus da Lapa, surge o nome do ex-deputado e ex-prefeito Eures Ribeiro do, PSD, agora novamente deputado, querendo aproveitar-se do estigma que leva os barreirenses a procurar novas oligarquias. Pode ser que a moda pegue.

Num leque de quase sete pretendentes, o deputado Eures Ribeiro ensaia sua costumeira dança de poder, na esperança de conquistar a prefeitura mais cobiçada da região oeste  da Bahia. Uma coisa é certa, porém, ele é um costumeiro ganhador, mesmo que o desafio é bem mais difícil de acontecer.

Ainda faltando quase dois anos para a escolha do substituto do alcaide atual, muito difícil uma previsão para quem será o ganhador. Mesmo com uma administração equilibrada, não terá muita alternativa de eleger o seu sucessor.

Guto de Paula

Redator da Central São Francisco de Comunicação

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