Planos de ‘ferrar’ e matar dão sobrevida a Moro

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Moro rebateu falas de Lula

Cláudio Humberto

A descoberta da trama para matar Sergio Moro e as falas ameaçadoras de Lula, em seu ódio obsessivo, e a mentira da “armação”, não apenas recolocaram o ex-juiz da Lava Jato na elite da política como garantiram o mandato do senador, ao menos por enquanto. O ex-juiz da Lava Jato, que meteu Lula na cadeia por ladroagem, está na mira do empoeirado Conselho de Ética do Senado, agora controlado por lulistas, que têm a “missão” de procurar cabelo em ovo para cassar seu mandato.

Caça ao investigador

Querem para Moro o mesmo destino do juiz da Operação Mãos Limpas, da Itália, Antonio Di Pietro, caçado pelos políticos ladrões que puniu.

Mau presságio

A intenção de lulistas, alvos da Lava Jato, era óbvia: controlar o Conselho de Ética para blindar aliados e emparedar os opositores.

Olha a turma

Seis integrantes da CPI da Pandemia estão agora no Conselho de Ética, além de outros que usaram a comissão para garantir lugar sob holofotes.

História curta

O último senador cassado foi Delcídio do Amaral, ex-ministro de Dilma ex-PT, enrolado na Lava Jato. Desde 1988, só três perderam mandatos.

Ciro não participou do conchavo que fez PDT aderir ao governo Lula Foto: Divulgação/Facebook Ciro Gomes

Destino de Ciro Gomes será o retorno ao PSDB

Candidato outra vez derrotado para presidente no ano passado, Ciro Gomes estaria de malas prontas para trocar o PDT pelo PSDB, ao qual foi filiado no início da carreira, sob a liderança do ex-senador Tasso Jereissati. Nos anos 1990, Ciro foi eleito governador do Ceará como candidato tucano. No PDT, um dirigente nacional que tem certeza desse retorno, Ciro deve voltar para “arrumar” o PSDB. “Ou enterrar”, ironizou. Se fizer a troca, Ciro reencontrará Tasso no partido de onde nunca saiu.

Partido no governo

Ciro não participou do conchavo que fez PDT aderir ao governo Lula, em troca do Ministério da Previdência, do qual Carlos Lupi se apossou.

Tem prazo

Ciro não se manifesta desde a vitória de Lula, por quem não tem o menor respeito. Promete “quebrar o silêncio” após o 100º dia de governo.

Pula partido

Ciro deixou o PSDB em 1996 e depois filiou-se ao PPS, ao PSB e então foi para o PDT, onde, até agora, permanece.

Sem esfriar

Após muita pressão por parte da oposição, ficou marcada para 11 de abril a ida do ministro Flávio Dino (Justiça) à Comissão de Fiscalização da Câmara para explicar sua visita, bastante relaxada, ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, favela controlada pelo crime organizado.

Enquadro

Arthur Lira mandou recado que não vai permitir excessos de deputados e cobrou debate mais “maduro” na Câmara. No Conselho de Ética, Lira deve colocar o aliado Leur Lomanto Junior (Ba), do União Brasil.

Demonstração de força?

Será colocada à prova a articulação do governo Lula na Câmara, esta semana. Com previsão de votação de 13 medidas provisórias, todas do governo Bolsonaro, lulistas poderão demonstrar a sua suposta força

Planos do PL

Valdemar Costa Neto quer avançar sobre o ninho tucano em São Paulo. O cacique deve usar Jair Bolsonaro para atrair prefeitos conservadores e filiar a turma no Partido Liberal, partido que é cacique.

Encolheu

Encolheu ainda mais a nanica bancada do Solidariedade na Câmara, com cinco parlamentares. O deputado Max Lemos (RJ) trocou o partido pelo PDT, que passa a ter 18 deputados.

Cavalo alado

O enroladíssimo Juscelino Filho (Comunicação) está na comitiva de Lula à China. O ministro resiste à fritura, sobretudo do PT, justamente por questões envolvendo viagens. Foi a leilão de cavalos nas asas da FAB.

Ruim pra todo mundo

Uma das maiores empresas de consultoria do mundo, a Accenture, que até presta serviços a diversos governos estaduais e municipais no Brasil, anunciou que vai demitir 19 mil funcionários em vários países.

Diga com quem andas

A polícia de Emmanuel Macron, amigão de Lula, prendeu mais de 80 manifestantes em um único protesto contra a reforma da Previdência que o presidente francês enfia goela abaixo dos franceses.

Alô, eleitor francês

Faz um M.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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