PL articula para se tornar o maior partido da Câmara

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Altineu Cortês é deputado federal pelo Rio de Janeiro e líder do PL na Câmara

Altineu Cortês é deputado federal pelo Rio de Janeiro e líder do PL na Câmara | Câmara dos Deputados/Divulgação

O PL deve se consolidar, ao fim da janela partidária, como o partido com a maior bancada da Câmara dos Deputados. O período em que parlamentares podem trocar de sigla sem perder o mandato se encerra no próximo dia 1º.

A transição entre partidos é finalizada com a filiação, sem necessidade de confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os partidos apenas precisam fazer a comunicação via sistema da Justiça Eleitoral (JE).

O PL chega ao fim desta semana com pelo menos 15 novos deputados federais, afirmou Altineu Cortês, líder do partido na Câmara, a Oeste. A projeção dele é terminar o prazo com um total entre 63 e 70 deputados federais. Antes da janela partidária, o maior partido da Câmara era o União Brasil, que nasceu da fusão entre DEM e PSL.

O União Brasil somava, até o início deste mês, 66 deputados, eleitos em 2018. A fusão, contudo, fez com que parlamentares, sobretudo do PSL, migrassem para o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Bibo Nunes (RS) e Carlos Jordy (RJ) são dois exemplos. O União Brasil anunciou que não pretende apoiar Bolsonaro e, sem apontar pré-candidato, disse que pretende disputar a Presidência da República.

Filiações no Rio e em São Paulo

As filiações ao PL, segundo Cortês, se concentram até agora em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas há expansão no Rio Grande do Sul e em Goiás, Estado de um dos principais apoiadores de Bolsonaro, Major Vítor Hugo. Na semana passada, Oeste adiantou que o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, se filia ao PL no próximo dia 22.

Major Vítor Hugo chegou a ser anunciado por Bolsonaro como pré-candidato ao governo de Goiás, no fim do ano passado, mas a escolha pelo PL não está confirmada, disse o líder Cortês. “Essas questões de candidatura a governos e Senado estão para ser pacificadas. O PL é o partido do presidente [Jair Bolsonaro]. Estamos unidos com o propósito de ser apoio ao governo.”

A filiação de Vítor Hugo é dada como certa, e gira em torno de um dos principais cargos da Câmara, a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Cortês afirmou, porém, que, mesmo que o PL conclua a janela partidária como sigla com mais cadeiras na Câmara, a preferência pela CCJ não está fechada; e que a legenda está aberta a negociações com outros partidos.

O PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira, é outra sigla que deve sair fortalecida da janela partidária. Caso as atuais movimentações sejam confirmadas, a Câmara deve iniciar o mês que vem com PL, PP e PT como os três partidos com mais deputados federais.

REVISTA OESTE

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