Decisão contra ex-ministro da Justiça preso após 8 de Janeiro tem como base notas técnicas do Ministério do Planejamento
O ex-ministro da Justiça foi preso após os atos de 8 de janeiro Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr
Davi Soares
A Direção Nacional da Polícia Federal determinou que o ex-ministro da Justiça e delegado federal, Anderson Torres, devolva aos cofres públicos os salários que recebeu da corporação enquanto esteve preso preventivamente, pela suspeita de envolvimento nos ataques às sedes dos Poderes da República, em 8 de Janeiro. É como se o delegado tivesse faltado ao trabalho por sua própria vontade.
Delegado de carreira da PF há 20 anos, Torres tem remuneração bruta de cerca de R$ 30 mil e foi preso quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Sua prisão preventiva durou de 14 de janeiro a 11 de maio. O que indica a possibilidade de devolução de um montante de R$ 117 mil em remuneração bruta recebida neste intervalo de cerca de quatro meses.
Ao decidir cobrar Torres, a PF teria como base notas técnicas emitidas pelo Ministério do Planejamento nos anos de 2013 e de 2020, que impedem servidores federais de seguir recebendo suas remunerações, quando forem afastados do exercício de suas funções em razão de determinações judiciais de prisão preventiva ou temporária.
DIÁRIO DO PODER