Fonte ligada ao gabinete de Moraes deu declarações, segundo revelou colunista
Alexandre de Moraes Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a Polícia Federal (PF) ignorou a ordem do magistrado e não apreendeu o passaporte do ex-chefe do Executivo.
Uma fonte ligada ao ministro disse que, apesar da ordem de apreensão constar no despacho, investigadores não consideraram a medida necessária.
– O passaporte do ex-presidente Bolsonaro não será apreendido. O ministro [Moraes[ autorizou tudo o que poderia ser apreendido. A PF apreende o que é de interesse da investigação. O ministro decide de modo amplo. Quem decide exatamente o que pega é a polícia – contou a fonte, que é ligada ao gabinete de Moraes.
A decisão de Moraes, assinada nesta quarta-feira (3), se refere à operação da PF que investiga suposta manipulação no cartão de vacinação do ex-presidente. Pela manhã, a PF apreendeu o celular de Bolsonaro, o documento e armas.
Além de cumprir também o mandato de prisão do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, do policial militar Max Guilherme e do militar do Exército Sérgio Cordeiro, também acusados de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Bolsonaro disse ao programa Pânico, da Jovem Pan, que não cometeu nenhuma fraude.
– Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida de que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação para mim, sobre o cartão, eu responderia, sem problema nenhum – disse.
Segundo a investigação, Mauro Cid foi quem teria ordenado a falsificação de registros de vacinação tanto do ex-presidente, quanto de sua filha, Laura, para que eles pudessem viajar para os Estados Unidos em dezembro de 2022.
Segundo fontes do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o político brasileiro entrou legalmente no país mesmo sem ter se vacinado, pois ele possuía imunidade diplomática, se enquadrando na lista de pessoas que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos permitia o ingresso no país sem o comprovante de vacinação.
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